De: angelo rosa ribeiro ribeiro <horadoangelo@gmail.com>
Data: 20 de janeiro de 2011 20:10
Gouvelândia surgiu sob os auspícios do pioneiro João Oliveira Gouveia, que nas margens do Rio Paranaíba, em 1950, comprou uma fazenda e se fixou com sua família para a criação de gado e implantação de lavouras. No ano seguinte, com o propósito de facilitar o acesso ao Triângulo Mineiro, em parceria com Lupércio Veludo, colocou em operação a primeira balsa, dando início ao que mais tarde viria ser Porto Novo ou Porto do Gouveinha.
Por iniciativa do próprio João Oliveira Gouveia (Gouveinha), agora em parceria com Antonio Franco Barbosa (Totonho Franco), Conceição Martins Franco e outros fundaram, em 1954, a Navegação Minas Gerais S/A, com a finalidade de explorar o crescente intercâmbio comercial entre Quirinópolis, Ipiaçu e Ituiutaba. Um povoado começou a surgir com a construção de casas para os empregados da empresa de navegação. Em 1955, chegou Valter José da Silva (Santinho), o primeiro farmacêutico prático do lugar. Em 1956, chegou Raulira Alcântara Puccineli, a primeira agente de saúde.
A mudança de José Gervásio Mamede, uma grande liderança de Quirinópolis, para o distrito tinha propiciado as condições políticas para a realização de novos investimentos na comunidade. Aos poucos José Pantola, como era chamado, foi se firmando como líder político local. Com seu empenho, várias obras foram realizadas na administração do prefeito Sodino Vieira, eleito em 1982, auxiliado pelos subprefeitos João Conceição e Nadir Fonseca, quais sejam, o asfaltamento das principais vias públicas, construção da creche e do posto telefônico
A conquista da emancipação
O deputado estadual Ângelo Rosa Ribeiro representava os moradores de Gouvelândia, na Assembléia Legislativa. Tinha vínculos fortes com o distrito, onde residiam numerosos parentes e amigos seus, além do vereador Aldo Rosa Ribeiro, seu irmão. Havia grande apreço do governador Íris Rezende e de seu sucessor Henrique Santillo por José Pantola, o que facilitou a missão do deputado para viabilizar benefícios como o de um moderno graneleiro para atender a crescente expansão da agricultura local, a ampliação do sistema de abastecimento de água para servir a toda cidade. Por intermédio do deputado também se viabilizou-se o asfaltamento da rodovia GO – 206, que no governo de Iris chegou ao povoado de Almerindonópolis e com Santillo teve sequência, chegando a Gouvelândia e Quirinópolis.
Agora havia chegado o momento da emancipação. O deputado Ângelo Rosa tinha apoio do governador e de 2/3 dos deputados estaduais. O governador Henrique Santillo queria a emancipação para agradar seu amigo José Pantola. A idéia então ganhou as ruas em Gouvelândia e em Quirinópolis, onde, obviamente, havia alguma restrição.
O povo acreditou que a emancipação seria possível e preencheu enorme lista a pedido do deputado Ângelo Rosa para compor a propositura pela instalação do processo de criação do novo município de Gouvelândia. Foram colhidas mais de 1.000 assinaturas, suficientes para tornar o projeto irreversível.
Com a iniciativa houve uma mudança de comportamento da população, que deixou de lado o partidarismo. As lideranças ligadas à oposição local, ao perceberem a nossa disposição e cientes de que a emancipação não tardaria, demonstraram que queriam colaborar, através de oportuno gesto, ao também coletar assinaturas que entregaram ao Deputado Nerivaldo Costa, dando mais força ao movimento pela emancipação.
Em 18/10/87 foi criada a Comissão Pró-Emancipação de Gouvelândia, que ficou assim constituída: presidente - Nadir Domingues Fonseca, vice-presidente - Antonio Buranelo, secretário - Nivaldo Alves Moura, tesoureiro - Jesuíno Vieira Lopes e os seguintes membros: Mamede Malaquias da Silva, Kairon Neves de Freitas, Sebastião Ivomir Dias da Silva, Liocádio Vieira de Moraes, João Pedrosa Fagundes, João Oliveira Gouveia Neto, Jordair Rodrigues Goulart e Carlos Pereira Ramos.
Com a aprovação legislativa, a justiça eleitoral marcou para 15/11/87 a realização do plebiscito. O resultado foi o esperado: a quase unanimidade dos votos. Em 30/12/87, o governador Henrique Antônio Santillo cumpria promessa ao sancionar a lei que criava o município de Gouvelândia. Estava cumprida a missão política e concluída a mais importante fase da história da promissora comunidade - a da sonhada independência. Daquele momento em diante poderiam decidir sobre o futuro, ao se proclamarem orgulhosamente cidadãos gouvelandenses!
Deve-se ressaltar o esforço empreendido pelo saudoso José Carvalho de Gouveia, um dos filhos do Gouveinha, que investiu de corpo e alma na idéia, tornando-se um baluarte do movimento. José Gervásio Mamede foi o grande líder da emancipação. Mas muito contribuíram como Mamede Malaquias da Silva, Nadir Domingues da Fonseca, Washington Andrade da Silva, Jordair Rodrigues Goulart, José do Nascimento Januário, Jesuíno Vieira Lopes, Jadyr Montes Ferreira, Dalvo Antonio Carvalho Gouveia, Ademar Macedo dos Santos Júnior, Aldo Rosa Ribeiro, Wilmar de Assis Mendes, Osvaldo Rosa de Oliveira, Manoel Ferreira de Lima, Nivaldo Alves de Moura, João Batista da Fonseca, José Aldo Moreira, Moacir Alves da Silva, José Jorge Pimenta, Silvio Antonio Pereira, Izoldino José Soares, Orlando Rosa de Oliveira, Joaquim Pedro Aguiar, José Martins Ribeiro, Marcélio de Faria, Manoel Dantas de Araújo, Joana Carvalho de Jesus, Vital Pereira de Araújo, Nadir de Freitas Pimenta, Osvaldo de Carvalho, Gari Moreira da Silva, Areno Rosa Ribeiro, Jesuíno Vieira Lopes Júnior, Otenásio Resende da Silva, Lídia Maria Borges, Valda Campos Gervásio, Longuinho Machado Borges, Manoel Dantas de Araújo, Geovani Alexandre da Costa, Laerte José Rodrigues, Wanderley Malaquias da Silva, Divino Aparecido do Prado, Ironídio Alves Monteiro, Maria Suiene Oliveira Vieira, Elismar Dias Gouveia e Adaece Inocêncio de Queiroz, entre outros.