domingo, 22 de dezembro de 2013

Lideranças de Quirinópolis em Goiânia-GO. Em 19/12/2013

Auditório Mauro Borges, Palácio Pedro Ludovico, Goiânia-GO.

         Por ocasião da solenidade de assinatura do protocolo para instalação de unidade de processamento de milho em etanol e outros derivados na Usina São João-Cargill.

Da direita para esquerda: Francisco Floresta, Divininho, Veroneida Rodrigues, Gilson Azevedo, Marquinhos da Casa de Apoio, Márcio Oliveira, Valderi Barbosa, Odair Resende, Heuler Cruvinel, Ângelo Rosa, Ives Geisa, Rodrigo Goulart, Gregori Martins e Célio Rosa.

sábado, 21 de dezembro de 2013

DIRETAS-JÁ em Quirinópolis

                                                                                 


O Primeiro Comício pelas Diretas-já no interior de Goiás.
 
                Passava-se o ano de 1983 e o Brasil todo pedia redemocratização, com eleições diretas para presidente, com grandes concentrações populares por várias partes do país. Era preciso desatar o nó da distensão gradativa, ou seja, da democracia no conta-gotas, como pregava os militares ainda no poder. Em Goiás, este movimento estava devagar, devido à conhecida cautela de Íris Rezende, espichando até onde dava o bom relacionamento com o governo militar de Brasília.

Em Quirinópolis, a história era outra - políticos jovens, que acabavam de assumir seus mandatos, tinham que se virar, até provar que eram capazes. O tempo passava e o governador recém-eleito nem ligava para dizer “olá companheiros”.  As oposições, que no seu tempo de mando, aqui desfilavam governadores e ministros, vez ou outra falavam que faltava credibilidade aos ”meninos”, Ângelo e Sodino,  conversas nada agradáveis.
  
            Aproximava-se a data do aniversário da cidade. O prefeito anunciava que faria uma festa de comemoração. Nada mais conveniente do que planejar uma grande festa para a aniversariante e pelas Diretas-já. Falei dessa ideia com meus colegas na Assembleia Legislativa e obtive de imediato o compromisso de participação de 12 deles, se decidíssemos fazer o evento. Liguei para o prefeito Sodino Vieira, que achou a ideia excelente.  Os resultados poderiam ser benéficos para Quirinópolis, para Goiás e repercutiria Brasil afora.

 Foi então montado um plano.   Na condição de coordenador das ações fora da cidade procurei dar repercussão junto à imprensa e convidar as lideranças para a grande festa cívica. O Governador foi convidado, com grande empenho de nossa parte.

 Como deputado, sabia que a imprensa repercutiria esta notícia e que as principais lideranças políticas de Goiás estavam ansiosas para mostrar a cara num palanque das Diretas-já. Era uma oportunidade única.  Aqui estaria, a participar daquele momento histórico uma multidão, a gritar em uníssono – Diretas-já!  O Governador, até aquele momento cauteloso,  poderia estrear diante dos goianos seu discurso pelas eleições diretas para presidente.

            No dia 22 de janeiro de 1984, Quirinópolis deu uma lição a Goiás. Os fatos aconteceram como previstos. Cerca de 3.000 eram os participantes - uma multidão na praça  em uníssono a gritar “Diretas-já!”. Presentes centenas de vereadores, dezenas de prefeitos, 13 deputados estaduais, 6 deputados federais, os senadores Mauro Borges e Lázaro Barbosa, o grande prefeito de Goiânia Nion Albernaz, governador Iris Rezende e a imprensa que fez repercutir por todo o país a notícia do primeiro e bem sucedido evento pelas diretas no interior de Goiás.


As jovens lideranças locais agora seriam sempre lembradas pelo exemplo e pela contribuição dada.  O segundo intento foi alcançado – as portas do governo se abriram.  Em curtíssimo prazo veio a ordem para a construção das 400 moradias populares, do Conjunto Rio Preto.

Nossos adversários da época puderam ver que credibilidade, quando não se tem, se conquista com inteligência e trabalho e pode ser traduzida em benefícios para a população. Foi o que aconteceu. Deu-se início no primeiro comício das Diretas-já do interior de Goiás a uma nova era para Quirinópolis, com implantação de infraestruturas físicas e sociais, que alavancaram o desenvolvimento da cidade e da região.
                          

                                 Angelo Rosa Ribeiro, quirinopolino, ex-deputado estadual

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Indústria do etanol e derivados do milho em Quirinópolis




Fechando o ano com chave de ouro

           O governador Marconi Perillo assinou protocolo de intenções com o Grupo USJ-Cargill para expansão da planta industrial que a empresa mantém no município de Quirinópolis.

          As obras de expansão equivalem, em termos de investimento, à construção de uma nova usina. Serão aplicados pelo grupo, em joint venture com a Cargill – uma gigante da área de grãos – mais de R$230 milhões. A usina vai produzir etanol a partir do amido de milho e em uma instalação anexa, óleo, farelo e outros derivados, como proteínas e fibras dos resíduos de fermentação do milho para a produção de ração animal.




       O empreendimento dará destaque nacional a Goiás, além de promover cultura do milho em toda a região. A empresa passará a operar durante o ano todo e a gerar inúmeros empregos diretos e indiretos. Com a diversificação do que se produz a economia do município será fortalecida. Ganhará a pecuária, a produção de animais de um modo geral, com a produção de insumos derivados do milho. Serão relevantes os ganhos também para o comércio e os negócios imobiliários. Podemos afirmar que, de fato, estamos fechando o ano de 2013 com chave de ouro e com um formidável presente de Natal

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Boas Festas



  Boas Festas

Desejamos a todos um Natal abençoado.
Que 2014 seja o ano de realização de suas melhores expectativas.
Boas festas, saúde, paz e muitas alegrias!!!

Ex-deputado Ângelo Rosa e Família

domingo, 10 de novembro de 2013

São Simão (GO) - o belo canal, o lago azul, sua interessante história

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A trajetória de São Simão



       O lugar onde hoje se encontra a cidade de São Simão era considerado um santuário sagrado, construído pela natureza e contemplado por civilizações ameríndias desde tempos imemoriais. Caprichosamente o largo e caudaloso rio Paranaíba ali se  estreitava em um canal de rocha basáltica de cerca de cinco quilômetros de extensão, palco de majestoso e incomum espetáculo das águas.





            A partir de 1930, na margem esquerda do misterioso canal formado no Rio Paranaíba, na divisa dos estados de Goiás e Minas Gerais,  começou a se desenvolver um povoado de garimpeiros e pescadores. 

          Naquela época,  os governos  iniciaram a construção de uma ponte a ligar os dois estados, que foi inaugurada em 28 de outubro de 1935, no dia de São Simão. Com a ponte houve a instalação de um posto fiscal e as moradias foram surgindo em suas adjacências. Os benefícios promoveram o incremento da população do lugarejo que se tornou uma pequena cidade e que ficou conhecida como Canal de São Simão.  Os antigos  moradores  Alberto Reis Machado, Andiara Bitencourt e Antonio Santarem são considerados  pioneiros e fundadores de São Simão. 

            Em 24 de junho de 1957, pela Lei Municipal 24, a comunidade do Canal foi elevada a condição de distrito de Paranaiguara. No ano seguinte, por força da Lei Estadual 2.108, de 14 de novembro de 1958, foi promovida a município com o denominação de São Simão. Seu primeiro prefeito foi José Waldemar da Silva. 


         A construção da hidrelétrica fez submergir a antiga cidade. No dia 3 de outubro de 1975 foram instalados, oficialmente, os poderes Executivo e Legislativo do novo município de São Simão, sendo nomeado prefeito, nessa data, Salvador José Jacinto.

A hidrelétrica e o Lago Azul

          Na década de 60, sob pretexto de desenvolver o país, a região do canal de São Simão foi escolhida para sediar um projeto de transformação do potencial dinâmico das águas do rio Paranaíba em eletricidade. Sacrificaram o belo canal de imenso apelo turístico, que encantava  os seus observadores. No lugar surgiu uma hidrelétrica e o seu o grande lago, o Lago Azul, como resultado de gigantesco empreendimento patrocinado pelas Centrais Elétricas de Minas Gerais, CEMIG. Felizmente, o  belo ganhou nova configuração e se espalhou por 80 quilômetros à montante a alegrar os municípios ali situados. Com as obras da barragem milhares de  funcionários se juntaram a população do lugar. São Simão ganhava o status de uma cidade desenvolvimentista. Todavia, sua vocação  não era só a de produzir energia elétrica. A localização geográfica privilegiada,  no centro do país, somada a existência  de generoso leito do rio Paranaíba, sob forma de canal navegável, que se estendia por todo o Sul do país, reservaria a São Simão um papel logístico estratégico: o de servir ao transporte de mercadorias e commodities agrícolas como importante hidrovia a ligar o Sudoeste Goiano aos portos do Sudeste do país. 

A grande transformação


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             Com tanto potencial o município se tornava um dos mais promissores do Estado.  Mas era preciso deixar de lado o conservadorismo e avançar para o futuro, através da construção de um projeto político-administrativo consistente e bem sucedido. Nesta missão se envolveram o deputado estadual Ângelo Rosa e lideranças locais, entre estas José Leite de Castro que deve ser citado pelos seus esforços e para homenagear  a todos que lutaram para a transformação da cidade.


           Na busca de recursos o grupo conseguiu viabilizar junto ao governo do Estado o asfaltamento do trecho da GO-164 para Quirinópolis, melhorando o acesso a capital do Estado e para o distrito de Itaguaçu; a construção de um moderno ginásio de esportes, a rede  de iluminação pública da Vila Bela e a instalação da agência da Caixa Econômica de Goiás, a CAIXEGO. Com recursos estaduais a prefeitura asfaltou boa parte da cidade.  Inclui-se nesta lista as obras de construção da estratégica ponte sobre o rio Verdinho, que  atendia diretamente os  interesse do distrito de Itaguaçu,  entre outros benefícios.


 Como se pode observar foram várias as  conquistas da época, mas o trabalho político era a prioridade. Naquela época se integrou ao grupo José Márcio de Vasconcelos Castro, o Marcinho, tido como um dos melhores quadros da cidade.  Sua inclusão foi valorizada com a presença do governador Henrique Santillo que veio para recepcioná-lo. Mais tarde Marcinho se tornaria prefeito, como era o objetivo do  trabalho político planejado.


Com a chegada de Márcio iniciava-se um período de busca de soluções definitivas para São Simão.  Com base em conhecimentos que adquiriu sobre tributação em usinas hidrelétricas, mais especificamente sobre os direitos dos municípios por parcela do  Imposto sobre Circulação  de Mercadorias e Serviços, ICMS,  gerado por elas, que no caso de São Simão chegaria a 25% dos valores da  venda de energia elétrica efetuada pela CEMIG - Centrais Elétricas de Minas Gerais S/A, instalada no município. Por isso o prefeito acompanhado pelo deputado Ângelo Rosa solicitaram ao governo de Goiás o direito de adicionamento ao índice de ICMS de São Simão do percentual relativo a produção de energia do município, o que foi deferido, de forma inédita, após estudos procedidos  pela Procuradoria Geral do Estado, no governo Iris Rezende.


Não seria demasiado ressaltar  que esta foi a principal conquista de São Simão em toda sua história, pois significou sua efetiva participação na riqueza que produzia e proporcionou os recursos para que a cidade se transformasse em uma das mais importantes de Goiás.

 Foi possível  a partir desta conquista deslanchar um grande projeto administrativo, com ênfase na saúde, educação, na questão social e  na construção de infraestruturas em sintonia com a vocação municipal, como praia artificial e o complexo turístico  do Lago Azul. Com os recursos obtidos promoveu-se uma verdadeira  reestruturação  urbanística com a realização de obras que enriqueceram a arquitetura da cidade.  Além disso, o prefeito Márcio conseguiu conduzir exemplarmente as negociações institucionais preparatórias para a viabilização  do projeto hidroviário do rio Paranaíba, com estruturação  do terminal portuário fluvial da Hidrovia Paranaíba-Paraná-Tietê.  Em seguida, em parceria com o governo estadual, a administração municipal projetou e  consolidou o Distrito Industrial de São Simão e trouxe importantes empreendimentos, que fizeram a diferença  em termos de economia e desenvolvimento da cidade e da região.



Neste período, com a visão e tirocínio  de um verdadeiro estadista, o prefeito Márcio realizou um  notável trabalho,  o que por sinal foi reconhecido pelo governador à época. Nos anos seguintes o município teve dificuldades com constantes cortes de sua receita, através de ações judiciais contestatórias de sua privilegiada condição fiscal e tributária, que complicaram administrações posteriores.  

       Sem dúvida, neste período São Simão deu um  grande salto de  desenvolvimento em  razão dos fatos citados e  da convergência e  sinergia de fatores favoráveis.  Ao que tudo indica,  nada poderá impedir o desenvolvimento deste município.  Deus colocou sua mão sobre os destinos da cidade  e  suas lideranças construirão um futuro promissor. 

Por  Ângelo Rosa Ribeiro, de Quirinópolis-GO.  Foi professor da EV-UFG, deputado estadual por GO (2X), secretário estadual de agricultura GO (2X),  secretário estadual de planejamento, superintendente da SEMARH GO, chefe de gabinete da PGE-GO.  Atual residente e produtor rural em Quirinópolis-GO.

Veja também neste blog:

São Simão - acabou o canal e cessou o canto das águas 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Lagoa Santa (GO) – emancipação, história



Lagoa Santa de Goiás – emancipação 


              O povoado de Lagoa Santa surgiu entre os anos de 1880 e 1890. Os desbravadores em busca de terras férteis encontram uma lagoa de águas quentes, límpidas e com grande variedade de peixes. Foi o caso de Virgílio Ferraz, que com dois  acompanhantes  vieram de  Minas Gerais e começaram a usar as águas e a sentir sinais de melhora em seus corpos, daí a denominação de Lagoa Santa. Diante da descoberta o  desbravador, que se tornou pioneiro de Lagoa Santa,  mandou  buscar  sua esposa e os cinco filhos, constituindo-se na  primeira família moradora do lugar. Seus descendentes construíram uma pensão para abrigar os visitantes que chegavam de todas as partes do país, constituindo-se no primeiro empreendimento comercial  e turístico do povoado.


                Com o passar dos anos e com a melhor logística de acesso, em torno dos mananciais começaram a surgir hotéis, farmácias, diversas casas comerciais  e formou-se um povoado  às margens do Rio Aporé. 


                Sob legislatura da Câmara municipal de Itajá, em 1998,  o vereador Tito que representava o povoado de Lagoa Santa defendeu a criação de um distrito subordinado ao município de itajá  e cuidou de estabelecer seus limites territoriais  em entendimento com o prefeito Valdemar de Freitas Sampaio, que diante da questão ponderou sobre a perda  irreparável do patrimônio  de grande potencial turístico no futuro, mas sob apelo dos moradores do lugar concordou com a solicitação. O pedido de criação do distrito com a denominação de Thermas de Itajá  foi então repassado ao deputado Ângelo Rosa, que o transformou em lei estadual, sancionada pelo então Governador Henrique Santillo, consolidando o distrito, situação que prevaleceu até que o mesmo foi elevado  a categoria de município com o nome de Lagoa Santa, pela lei estadual n 13.134, de 21.07.1997, combinada com a lei 13.241, de 28.12.1998, que estabelece seus limites territoriais, ambas sancionadas pelo então Governador Maguito Vilela,  ocorrendo sua instalação em 01.01.2001. A comunidade lagosantense  comemora  a criação do município em 21 de julho.