terça-feira, 30 de julho de 2013

GO-319 - uma rodovia importante para Quirinópolis

   Quirinópolis-Tocozinho-Castelândia-Porteirão-Edéia-Indiara  
                     
                       
As estradas são essenciais para o homem, que necessita delas para desenvolver suas atividades, seus projetos de vida e assim dar sua contribuição para o desenvolvimento de uma região.

Em nossas queridas regiões  Sul e Sudoeste goianas, após a conclusão do trecho Quirinópolis-Tocozinho, resta a ligação do Tocozinho  até Castelândia e a conclusão do trecho Porteirão-Edéia, que já se encontra em obras para que seja viabilizado um novo e importante eixo de transportes rodoviário interregional.

Com estas obras, as regiões produtoras dos vales dos rios Verdão, Turvo e dos Bois, onde expressiva parcela da produção goiana de grãos, carne, leite, álcool e açúcar se realizam  terão acesso ao Porto de São Simão e a  Hidrovia Paraná-Paranaíba-Tietê, facilitando o escoamento de riquezas e o intercâmbio comercial de Goiás, com o mercado internacional. 

Para nós, simples viajores, será a concretização do sonho de um novo caminho bem mais curto e confortável, para a capital de Goiás. Por certo, para outros, amantes do turismo, a oportunidade de acesso as belezas dos lagos do Rio Paranaíba. 

Ao ensejo das melhorias de nossas rodovias e do bom astral que toma conta da população quirinopolina, vale lembrar o que escrevera Bernardo Elis, sobre o tema: ‘´Estrada que mansamente se esconde no contorno da montanha, estrada que mergulha no refrigério da mata densa, estrada que vara a chapada batida de sol....Estradas que nos sugerem países distantes, terras felizes, um adeus feminino na curva do além....Estrada – eis uma palavra mágica.

Eaperamos que em breve se realize o sonho dos quirinopolinos de pavimentar  a velha estrada que teve origem nas tres pontes do Rio dos Bois e na Auto Via Sul Goiana, que desta, em 1929,  por um ramal à esquerda, adentraram o primeiro automóvel que chegara à antiga Capelinha e, entes dele,  os pioneiros, do final do século XXI, que com seu trabalho desbravaram matas e cerradões e fizeram das férteis terras da região das Sete Lagoas o berço esplêndido do desenvolvimento de Quirinópolis.


                                Ângelo Rosa Ribeiro,  quirinopolino, ex-deputado estadual e ex-secretário estadual de agricultura.

O espetáculo cívico-eleitoral começou

O ESPETÁCULO ELEITORAL JÁ COMEÇOU

            Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo, diria o famoso narrador esportivo Fiori Giglioti, ao descrever o início de uma partida de futebol. Diríamos que a semelhança de uma partida de futebol agora começa o jogo eleitoral de 2008.

No centro das atenções estão as urnas e os contendores, ou seja, os candidatos que disputarão o direito de legislar ou de governar o município nos próximos quatro anos. No campo de jogo encontra-se a equipe de arbitragem, que cuidará para que a disputa seja realizada dentro das regras eleitorais. As torcidas organizadas encontram-se postadas no âmbito do grande palco, onde se vê também o público em geral.  

            Em condições normais, o jogo transcorre sem maiores problemas. Mas, na competição eleitoral, quando há algum ingrediente perturbador ou outros interesses envolvidos, que não o de servir a sociedade com isenção, o jogo pode descambar para a ilicitude ou para a violência. Aí, ao invés de uma canelada ou uma trombada normal da disputa, podem ser vistas jogadas violentas. As faltas acontecem pela não observância dos prazos e normas da justiça eleitoral, pela utilização de recursos de caixa dois ou de origem duvidosa, pela distribuição ou pela promessa de distribuição de dinheiro ou benefícios públicos em troca de votos, como lotes, casas e cestas de alimentos. É considerada uma jogada faltosa a prática do “estelionato eleitoral”, que é a de se iludir o eleitor com promessas que não serão pagas. Estas e muitas outras jogadas ilícitas, no texto da lei são caracterizadas como crimes eleitorais. Neste caso, provada a culpa, o infrator deveria ser punido e, até, impedido de continuar no jogo.

Aí é que se espera a ação de uma boa arbitragem, caracterizada pela presença firme de um juiz ou de uma equipe arbitral que pune o contendor no momento em que vê a falta acontecer.  Um juiz que espera a reclamação surgir de uma parte, para depois apitar, inerva o jogo e tumultua a competição. Por aqui os jogos costumam ser bem truncados e difíceis de serem conduzidos. Será preciso que a arbitragem coíba todas as faltas e tenha pulso forte.  Se errar no intuito de acertar, paciência, a sociedade vai entender.

Em 05 de outubro próximo, ao se fecharem as cortinas, espera-se que tenha terminado um belo espetáculo cívico. Este é um grande desafio para a justiça eleitoral, que tem a responsabilidade maior no processo. Mas, que cuidem do jogo também a imprensa investigativa, candidatos, partidos políticos, eleitores, pessoas de bem e instituições sérias deste município. A sociedade como um todo não deve apenas torcer para que o jogo seja limpo, mas nutrir-se da responsabilidade de fiscalizar, denunciar os ilícitos e, de fato, contribuir para o aperfeiçoamento do processo político-eleitoral, fazendo verdadeiro o postulado democrático, de que o resultado das urnas deve representar tão somente a vontade soberana do eleitor.  


Ângelo Rosa Ribeiro é ex-deputado, ex-secretário estadual de agricultura, ex-secretário estadual de planejamento e coordenação e atual presidente do PSDB de Quirinópolis. 

A eleição do FAZ DE CONTA

A Eleição do FAZ DE CONTA

O Art. 41 da Lei Eleitoral diz que é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, sob pena de multa, cassação do registro ou do diploma, se eleito.
O texto legal não deixa dúvida, mas na prática entram em cena ingredientes sociais, culturais e eleitoreiros, como no diálogo:

- Você viu alguém doando, oferecendo, prometendo, ou entregando alguma coisa nesta campanha ao eleitor?
- Foi o que eu mais vi..., mas não sei se em troca do voto.
- Então, foi em troca do quê? Faça-me o favor!

A lei por um lado mostra a sua face de rigidez, ao proibir qualquer doação, inclusive brindes, como bonés, chaveiros, etc. Por outro, permite reeleição de prefeitos, no exercício de seus mandatos, autorizados a executar orçamentos milionários, onde tudo é permitido.

- Os candidatos “chapas brancas” compraram muitos votos por aí?
- Compraram sim, senhor! E meu candidato levou tinta.
- Mas, você protestou, mostrou as provas para a justiça?
- Pois é..., não teve jeito: a autoridade disse que a eleição foi muito limpa!

A lei eleitoral tem sido a lei do faz de conta. O eleitor faz de conta que não sabe e facilita. O candidato faz de conta que não se lembra e abusa. Ou vice-versa, porque a ordem dos fatores não altera a lambança. A justiça eleitoral faz concessões, conciliações e fecha os olhos, torcendo por um final feliz.

- Você viu o “Caixa Dois” por aí?
- Não vi, só ouvi você falar.
- Descasque este abacaxi!
  Não é hora de apurar?

Em campanha eleitoral de outrora, também considerada limpa, certos candidatos prometeram livrar a população de taxas e taxas. Tudo impossível de se conceder.  Ao compromisso deram ampla publicidade. Receberam a contrapartida em votos, mas a dívida não foi paga e, até hoje, ninguém responsabilizado.
        
Basta.  É preciso avançar!                
Ontem foi a vez do estelionato.
Hoje, o faz de conta, a compra de votos. 
Amanhã, qual será o prato?

         Enquanto os espertos não cumprem a lei, viva a ética, a justiça eleitoral e a cidadania nesta Pátria Amada!


Ângelo Rosa foi professor da EV-UFG e é o  atual presidente do PSDB de Quirinópolis. 

Lições de "O Monge e o Executivo"


O Monge e o Executivo

                Este é o título do livro de James Hunter, originalmente denominado “O Servidor”, nos EUA. Entretanto, a primeira edição brasileira se chamou “O Monge e o Executivo. Em essência, versa sobre o desenvolvimento da liderança, como forma de desenvolver missões em diferentes áreas da atividade humana.

            Segundo Hunter a mais importante dica para alguém se tornar líder é seguir a regra de ouro, qual seja, a de tratar o semelhante tal como você gostaria de ser tratado. Mas para isso é preciso ser disciplinado e melhorar sempre as suas atitudes e procedimentos. Desenvolver liderança implica em ter habilidade, tratar as pessoas com amor e servir sempre. Por habilidade entende-se algo que você pode adquirir, aprender e ensinar. Ninguém nasce com habilidade, mas a adquire com o tempo, no trato com as pessoas e com as demandas da vida.

            Liderança na opinião do escritor não é o mesmo que gerenciamento, que tem a ver com regras, planejamento estratégico, metas, busca de resultados, que todos os executivos conhecem. Liderança seria “influenciamento”, se este fosse um termo adequado para a língua portuguesa. Para um executivo, a presença de um gestor que exerça liderança sobre seus comandados seria fator de muita importância para deixar melhor sua empresa.

            Exercer liderança é, por exemplo, estimular os funcionários de sua empresa a se sentirem donos dela. Certo empresário de aviação, nos EUA, decidiu que em sua empresa quem o representava seria as aeromoças, pelo fato delas estarem diretamente ligadas com os seus clientes. Então,  incentivou-as a assumirem a condição de donas da companhia. Para tanto desenvolveu estratégico treinamento, ensinando-as a saudarem os passageiros com um “Bom Dia, seja bem-vindo a nossa empresa!” Simples funcionárias começaram a falar com a convicção dos donos e empregavam o coração nestas ações. Os resultados foram os melhores, sendo comentados e imitados em muitas empresas, em todo mundo. Para que isso ocorresse foi preciso mais do que poder e autoridade. Foi preciso desenvolver uma grande afinidade, uma enorme confiança. E mais do que isso - foi preciso amar as servidoras, valorizando-as, desenvolvendo seus potenciais.

            Para avaliar sua relação com seus servidores seria bom que fizesse a si mesmo a seguinte pergunta: Você gostaria de trabalhar para você mesmo, sendo o patrão? Muitos são os que se julgam poderosos, gritam com seus funcionários e provocam reações desastrosas em cadeia. Ao seu exemplo, os funcionários estressados gritam com suas esposas. Estas, com seus filhos e, ao final, sobra até chutes para os cachorrinhos,  no quintal. A vida de todos vira um inferno. Eu perguntaria, ao ensejo, se você ensina o seu filho a resolver conflitos com seus irmãos?  Ser bom gerente de empresa, de família e de negócios não será possível se antes de tudo não se tornar um verdadeiro líder.

O que é caráter

            Bom ou mal depende do que você faz, de suas atitudes. O bom é o que faz sempre o certo. Mas o seu caráter pode ser melhorado. Depende de seu esforço para melhorar. Ocorre com o tempo, com a maturidade. Caráter é diferente de personalidade, que já está formada aos seis anos de vida. O coeficiente de inteligência também se encontra  definido aos quinze anos. O caráter tem a ver com a natureza humana, pois pode evoluir. Por isso é tido como a glória do ser humano, no que difere dos animais, por ser ele capaz de fazer algo que não é natural, até ficar natural. Por isso faça o que de melhor possa fazer todo dia, no sentido de se tornar sempre melhor. Mudar através de ações honestas, sinceras. Exercer liderança é ser capaz disso. Agindo assim você pode influenciar e melhorar o caráter de muitos que o cerca e admira.

O perigo do egoísmo

            Há uma unanimidade entre pensadores, escritores de livros de auto-ajuda e religiosos sobre a inconveniência do egoísmo, que é considerado a fonte de nossos problemas. O egoísta não é capaz de levar seus projetos a bom termo, simplesmente porque quer o sucesso só para si e, por isso, na maioria das vezes acaba sozinho.

Poder e autoridade

            Gandhi sacrificou-se pelo seu país. Jesus deu a vida para que a humanidade entendesse sua mensagem e pudesse viver em paz. Daí vem a sua autoridade, que de fato confere poder. O poder que vale a pena é aquele que se aufere da autoridade, que advém do tempo ou do valor da servidão, como é a autoridade do pai, da mãe. Nada mais errado que imaginar que o poder venha da força, no sentido de obrigar a fazer, que quase sempre resulta em problemas maiores. Nem vale a pena o poder auferido pelo obsoleto sistema piramidal de gerenciamento, em que ao se agradecer o chefe, vira-se o bumbum para o cliente.

Valorize sua luta

            É preciso sacrifício para se exercer liderança. Mas há aquele que não reconhece a sua luta. Fuja dele. Tire a erva daninha de seu jardim. Sirva, sacrifique-se, mas valorize sua luta.

Amar é servir

            Nenhum líder do mundo chegou próximo de Jesus em termos de capacidade de servir, influenciar e mudar as pessoas. Foi dele o ensinamento de que “aquele que quiser ser líder, tem que antes ser servidor” Dai o ditado de que quem não serve para servir, nem serve para viver.Todos os grandes líderes falaram de amor e praticaram-no.  Amar não é apenas apaixonar-se, ter sentimentos fortes por alguém. Amor é ação, é o que se faz pelo próximo, pelo irmão. Oferecer tudo que você for capaz, para que o outro seja melhor. Dar as ferramentas, os meios, tanto na empresa, como em qualquer relacionamento. Isto é amor. Amar é essencial para o desenvolvimento da liderança. Veja a definição de amor de 2 mil anos atrás. Ela já contemplava os conceitos necessários para o exercício da liderança. Só com amor se consegue a confiança que resulta na união para superar desafios.

            Todo mundo quer mudar o mundo. Mas ninguém quer mudar a si mesmo. Comece devagar, mas experimente as mudanças, com base na melhora do seu caráter, com a prática do amor e servindo sempre. Todavia, antes de perguntar pela melhora do outro, pergunte para si mesmo: o que você fez para melhorar?


                                                                Adaptação do texto de JAMES HUNTER

Por um novo sistema político

É preciso mudar a atual legislação eleitoral


            Nestes dias de grande agitação política no Congresso Nacional, os brasileiros podem lançar vistas para o lamaçal que envolve a classe política como um todo, pois se há justos, com certeza ainda existem, estão todos a pagar pelos pecadores. O problema é muito sério, arraigado, trata-se da  corrupção que brota das campanhas eleitorais e não será possível apresentá-lo por inteiro à nação, mesmo com todas as CPI que forem propostas.

              Sou dos que pensam que há um forte componente educacional e cultural na origem desta questão, que como erva daninha graça em campo fértil, à época das eleições, pela falta de uma melhor seleção e preparação dos que desejam ingressar na carreira política e pela inadequação do atual sistema de financiamento das campanhas eleitorais. As eleições são na sua grande maioria realizadas com recursos ilícitos, de caixa dois, portanto não declarados nas prestações de contas dos candidatos e dos partidos, que a justiça, sem meios para apurar, apenas homologa, colocando uma pedra sobre o assunto.

                 A legislação eleitoral em vigência induz a corrupção, ao propiciar o ambiente para uma relação promíscua entre o interesse público e privado. Ela facilita pactos de corrupção entre agentes financeiros e políticos, ao não coibir o marketing distorcido, os ilícitos diversos que enganam o eleitor e transformam eleições em um jogo de cartas marcadas.

      Reformar a legislação eleitoral é um imperativo do momento, algo imprescindível, pois o modelo atual contém tantas imperfeições, que enseja a desmoralização da classe política, enfraquecimento das instituições nacionais e perda de credibilidade do país no mundo civilizado.

Não é agradável saber que alguns analistas sócio-econômicos, sobre o futuro do Brasil, observam que um fator preocupante é o da instabilidade política, que se reflete no equilíbrio institucional, fundamentados nas falhas de representatividade e de legitimidade da legislação eleitoral, na insatisfação popular com seus falsos representantes, nos excessos dos discursos,  na falta de seriedade dos políticos e na corrupção, que brota das campanhas eleitorais.

Como a maioria dos cidadãos, preocupo-me com o quadro atual. Por isso quero publicar minha modesta opinião sobre mudanças na legislação eleitoral, sem nenhuma pretensão de elaborar um modelo de legislação, apenas com o propósito de provocar a discussão do assunto, que é de fundamental importância para todos os eleitores brasileiros e para o país como um todo, neste momento em que o Congresso Nacional mostra toda sua dificuldade em realizá-las.

Veja a proposta:

1)    Estabelecer regras para os gastos com eleições, de tal forma a torná-los suportáveis, para município, estado e nação respectivamente;
2) Instituir um sistema de financiamento público para as campanhas eleitorais, em que os recursos disponibilizados sejam encaminhados a comitês financeiros da eleição, compostos por representantes dos partidos e da justiça eleitoral, em âmbito municipal, estadual e federal;
3)  Adotar o controle simultâneo dos gastos dos candidatos e partidos, com a exigência de apresentação de orçamento prévio de campanha por parte dos mesmos, com liberações de recursos controladas pela justiça eleitoral, mediante discriminação de finalidade, para facilitar a fiscalização;
4)  Proibir mudanças de partido durante a vigência do mandato popular;
5)  Punir com a pena de cassação de sua candidatura ou de seu mandato e suspensão de seus direitos políticos  a prática do estelionato eleitoral, ação daqueles candidatos que prometem demasiado em público, apenas para angariar votos e não cumprem suas promessas. 
6)  Estabelecer a exigência de um plano, constando seus compromissos ou promessas e o prazo para o cumprimento dos mesmos, a ser encaminhado ao ministério público, para acompanhamento de sua execução, que o publicará, para conhecimento da opinião pública, uma semana antes das eleições;
7)  Reduzir o número de partidos políticos, de tal modo a viabilizar no máximo cinco entidades;
8)   Definir coligações de acordo com correntes de pensamento ou ideologias;
9)    Reduzir expressivamente o número de senadores, deputados federais e estaduais;
10)   Criar os distritos eleitorais para eleição de deputados, tendo em conta as regiões já definidas pelo IBGE;
11)   Regulamentar a eleição do vice, com opções de escolha ao eleitor em cada chapa partidária ou coligação;
12)    Estabelecer mandatos de cinco anos, sem permitir a reeleição.

Ângelo Rosa Ribeiro foi professor da EV-UFG, ex-deputado e ex-secretário estadual de agricultura e ex-secretário estadual de planejamento e coordenação.


Texto elaborado em 06/07/2012.

O trágico fim do Tio João Andrade

O trágico fim do Tio João Andrade

            Não se tem notícia de que o pioneiro João Braz de Andrade tenha cortado sua barba em algum momento de sua vida. Ele é um personagem real e viveu na região do Paredão, desde o tempo da chegada dos seus primeiros habitantes. Ali possuía uma modesta gleba de terras, de onde tirava o sustento de sua  família. Até hoje se vê alguém falar do Tio João, como era e como ficou conhecido. Dele descendem muitos dos Andrades, uma das maiores famílias do município.

O Tio João era daquelas pessoas que se uma vez fosse vista jamais seria esquecida: um velho muito respeitado, com um estilo de vida muito reservado, que impressionava pelas longas barbas, mas que possuía um coração bondoso. Conversava pouco e vivia no trabalho. Seus amigos muitas vezes o pediam para que se livrasse daquelas barbas que chegava a cobrir boa parte de seu corpo, até o advertiam pelos perigos de acidente, mas ele tinha a intenção de nunca tirá-las.

            Até que um dia, já bem velhinho, teria sofrido um acidente pouco explicado em seu quarto e caído com uma candeia na mão, quando tentava reabastecê-la, pegando fogo em sua enorme barba, em um acidente fatal.

Desaparecia assim o tio João Andrade, mas tornou-se um imortal, por ter sido um pioneiro, pela numerosa família deixada, pelo seu tipo barbado, introspectivo, reservado e pelo seu trágico fim. 

sábado, 20 de julho de 2013

Quirinopolis aposta no Jovem do Futuro


Complexo Social  Jovem do Futuro
Pela valorização da vida

Atualizado em 20/07/2013.


 Em pé a primeira-dama Fátima Menezes.
 À sua frente o prefeito Odair Resende.


Por alguma razão ligada a infância e adolescência muitos jovens na atualidade apresentam um comportamento considerado anormal com sinais de perda da autoestima e desvalorização da vida. Com isso de norte a sul e de leste a oeste deste país ocorre o fenômeno da marginalização juvenil, que se traduz em desagregação da família, revolta contra  a sociedade e no aumento da  participação juvenil no mundo do crime, especialmente  no tráfico de drogas, ou no consumo massivo de produtos psicotrópicos ou entorpecentes pelos mais jovens, como que a fugir desiludidos da vida real. 


           Em face deste comportamento a criminalidade e o consumo das drogas entre os jovens deixou de ser um problema exclusivo das grandes metrópoles. Com certeza todas as cidades deste país ora convivem com esta dramática situação. Pesquisas recentes revelam que o envolvimento de um filho com drogas é o principal temor da família brasileira.

Sensível a questão da juventude local o prefeito Odair Resende instituiu o programa Complexo Social Jovem do Futuro, que é presidido pela primeira dama Fátima Menezes e tem como coordenador-geral o ex-pároco da cidade, o hoje secretário municipal de assuntos extraordinários Oscar de Lima Pires Junior. O programa tem como objetivo maior a prevenção da dependência  química e do uso de drogas em geral, em especial o crack, produto mais difundido entre os nossos jovens e de efeitos mais devastadores para o consumidor, sua família e a sociedade.

Com a iniciativa a prefeitura cria uma política social sistematizada e de caráter emergencial, com o envolvimento de todos os setores da administração, em especial as áreas afins, como saúde, educação, cultura, esportes, lazer, habitação, além de contar com a parceria de instituições como o  SENAC, SENAI, SENAT, SESC, SEBRAE, EMATER, polícias militar e civil, universidade, associação comercial e industrial, sindicatos, ONGs, segmentos religiosos e outros. Desta forma, com grande adesão dos jovens, de suas famílias e da população em geral, a prefeitura desenvolve verdadeiro mutirão de ações preventivas ao evitar a perda da autoestima, desvalorização da vida e o consumo de drogas entre os jovens na cidade. 

Para evitar a marginalização social de crianças e adolescentes do município,  o programa  cadastra  jovens de 7 a 17 anos de idade para ocupação do tempo disponível no contraturno escolar e oferece a eles um amplo leque de atividades desportivas, culturais, diversões, entretenimento, bem como cursos de  qualificação para a vida e para o trabalho, preparando-os para resistir ao assédio dos agentes do grave mal social contemporâneo. São consideradas prioritárias para o programa crianças de famílias de baixa renda e em vulnerabilidade social, que  passam a receber assistência médica, odontológica, psicológica e terão prioridade nos programas de habitação e renda social sob controle do município. O projeto prevê a instalação de um show room, para comercialização de produtos das oficinas de capacitação profissional e para apresentações de peças culturais que serão ali desenvolvidas. Com a contribuição de professores da UEG criou-se o cursinho pré-vestibular para atender a demanda de jovens de  familias de baixa renda. O projeto Jovem do Futuro será integralmente executado em três etapas, prevendo-se para 2013 a realização de 30% do planejado, 40% em 2014 e o restante em 2015.

Da observação dos primeiros resultados deste mutirão comunitário constata-se que ele já envolve mais de  1500 jovens cadastrados,  movimenta os espaços públicos existentes na cidade, lota ginásios, praças esportivas e  logradouros públicos, com  grande repercussão  em toda a cidade. Já se pode observar que as ações desenvolvidas com o incentivo e apoio de  toda a população, de fato,  promovem a valorização do jovem com elevação de sua autoestima. Estes efeitos benéficos se acentuam com o  prazer proporcionado pelas novas e sadias amizades conquistadas no convívio dos grupos nas práticas esportivas, nas atividades culturais, num curso profissionalizante, em uma palestra ou em um evento social. Percebe-se a atenção e alegria dos pais diante das oportunidades surgidas para eles e seus  filhos  valorizados pelas novas preocupações da administração municipal  na busca de um melhor caminho para as famílias quirinopolinas. 

         Os responsáveis pelo programa buscam informações e conhecimentos de autoridades e profissionais renomados que são convidados para proferir palestras e repassar suas experiências. Novas ações são desenvolvidas a partir do convencimento de que elas serão importantes para o fortalecimento do programa. A iniciativa é democrática e tem o mérito da inovação. O programa é uma aposta no jovem do futuro e procura envolver toda a comunidade, como deve acontecer, dada a complexidade do assunto. Por certo a bem sucedida experiência de Quirinópolis logo estará sendo exportada para outros municípios.






                                      Ângelo Rosa foi professor da EV-UFG, atual assessor técnico da SEGPLAN, ex-secretário estadual da agricultura e abastecimento, ex-secretário estadual do planejamento e coordenação.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Sem o pesadelo das rodovias estragadas





A falta que as boas rodovias fazem



        "Só quando não se tem rodovias em boas condições de uso é que se percebe a falta que elas fazem. Sem boas estradas não se realiza a garantia do ir e vir e nem é possível promover por completo o sonho da prosperidade."


O governador Marconi Perillo cumpriu no dia 12 de julho último agenda de inaugurações de obras rodoviárias e de entrega de benefícios, como cheques moradia, cheque reforma, passaportes do idoso, doações de bens da Organização das Voluntárias de Goiás, OVG, entre outros, em vários municípios da região Sudoeste.


 O principal objetivo da vinda do governador foi inaugurar os trechos reestruturados das rodovias GO-164, ou seja, de Quirinópolis à Paranaiguara, e da GO-206, de Inaciolândia à Gouvelândia, Quirinópolis e Caçu. 


A maioria das rodovias da região  foram construídas ainda  nos anos 80, portanto à quase 30 anos, e nos trechos que servem  as cidades citadas encontravam-se em situação muito crítica, causando descontentamento aos produtores e a população em geral, com prejuízos econômicos para os municípios e para o estado,  pela perda de competitividade dos seus produtos agroindustriais devido a  elevação de custos com transportes.

Governador entrega 520 cheques reforma em Quirinópolis.


                 Reforçando o pensamento segundo o qual governar é abrir estradas pode-se afirmar que governar é também reabrir estradas, quando as mesmas se encontram destruídas  pelo tempo e uso  ou obstruídas pela falta de conservação.


                Sem relegar a segundo plano a educação, sem deixar de priorizar a saúde e sem descuidar da segurança e de outras áreas sociais, cujo desempenho funcional vem merecendo a aprovação popular, o governo Marconi Perillo eleva a auto estima dos goianos, ao viabilizar com recursos próprios a otimização de toda a malha rodoviária estadual.


Foram mais de 2 mil quilômetros de rodovias reconstruidos nos primeiros dois anos de governo e a solução completa dos problemas de infraestrutura rodoviária programada para ser atingida até o fim do governo, com sobras de recursos para desenvolver o programa rodovida urbano para atender a demanda por recuperação de vias urbanas nas cidades interioranas, bem como para  duplicar trechos rodoviários ora sobrecarregados pelo tráfego nas imediações da capital.


O governador Marconi Perillo seguramente desenvolve o maior programa de reconstrução rodoviária sob a responsabilidade de um estado da federação. Pelas rodovias estaduais agora trafegam de forma segura e econômica as commodities e  mercadorias diversas produzidas em Goiás para que sejam exportadas para longínquas nações do mundo. Por elas circulam as riquezas que garantem desenvolvimento, geram empregos e uma melhor qualidade de vida para os goianos. 


Só quando não se tem rodovias em boas condições de uso é que se percebe a falta que elas fazem. Sem boas estradas não se realiza a garantia do ir e vir e nem é possível promover por completo o sonho da prosperidade. As ações do governo de Goiás na área dos transportes promovem a paz nas estradas, o progresso e eliminam o pesadelo das rodovias degradadas.

                                           Ângelo Rosa foi professor da EV-UFG, atual assessor técnico da SEGPLAN, ex-secretário estadual da agricultura e abastecimento, ex-secretário estadual do planejamento e coordenação.