sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

É preciso resgatar a boa imagem de Quirinópolis


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: angelo rosa ribeiro Ribeiro <angelorribeiro@gmail.com>
Data: 27 de fevereiro de 2015 09:53
Assunto: Crise na segurança Quirinópolis
Para: angelo rosa ribeiro ribeiro <angelorribeiro@gmail.com>


                 
É preciso resgatar a boa imagem de Quirinópolis

      Não há como negar a decepção dos quirinopolinos, diante dos últimos acontecimentos, que fazem com que a cidade volte a frequentar os noticiários de uma forma muito negativa.

           No início desta semana o confronto entre grupos organizados, trouxe a tona a questão da criminalidade, ao deixar 3 mortes, vários feridos, em grave conflito por vingança, escancarando um problema, que já não era novo.

          Há muito tempo a população convive com acertos de contas interpessoais pouco esclarecidos, entre traficantes e entre estes e usuários de drogas, quase sempre com vítimas fatais. Corpos são encontrados jogados nos canaviais ou atirados nas ruas, sem história, sem autores e, sem significado maior, a não ser o de elevar os índices da estatística do crime. Caixas eletrônicos são explodidos, camionetes perfuradas a bala, assaltos a postos de combustíveis, panificadoras, supermercados, como em zonas conflagradas dos morros do Rio de Janeiro. O tráfico de drogas é apontado direta ou indiretamente como o principal responsável pela escalada de violência.

           De fato, o período de expansão da violência em Quirinópolis, coincide com o da expansão do uso de drogas. Desde 2013, um número considerável de indivíduos identificados como drogados, na grande maioria jovens com menos de 30 anos, invadiram as ruas da cidade, povoaram as praças e ocuparam os imóveis desabitados. Com o aumento desta estranha movimentação, iniciou-se a onda dos crimes, ameaças à população e surgiram as mortes relacionadas ao comércio das drogas. Via-se, por outro lado, pais a buscar o internamento de filhos drogados; mães desesperadas pelos problemas surgidos em casa ou a se consumirem em profunda depressão pela perda do jovem para o mundo das drogas e pelos perigos dele decorrentes. Este é um quadro perverso, indignativo, que não é exclusivo desta cidade, mas que a aflige e que certamente hoje é o seu pior problema

             Nos últimos anos, com a chegada da industrialização, a economia cresceu, mas deu-se um paradoxo - os problemas sociais se agravaram. Constata-se que não é o desemprego a causa do mal, pois houve significativa elevação da oferta de postos de trabalho. Nesse aspecto, evidencia-se a contradição – o período de elevação da oferta de emprego, com melhoria da renda per capita e familiar se deu justamente com o aumento da criminalidade.

          É preciso considerar outros fatores para explicar a explosão da criminalidade. Entre eles certamente - a crise da família. No meio das dezenas de mortes noticiadas, uma evidente constatação: a grande maioria é de jovens. São vítimas principalmente dos desajustes da família, da falta de fé e do pouco apego a Deus, por consequência – vulneráveis às drogas, como o crack que está acessível em todo lugar e disponível para uso geral, especialmente onde há jovens sensíveis pela baixa autoestima e pelo desnorteamento decorrente da desestruturação familiar.

           São problemas que desafiam a sociedade atual. Para a solução será preciso o empenho de governo, segmentos sociais, muito diálogo dos pais com os filhos, políticas de atenção aos jovens e, principalmente, fortalecimento da família. Não se pode esquecer de que ela é a base de tudo, está no centro de tudo, da sociedade e do sadio desenvolvimento dos filhos.

              Emergencialmente, a saída é fazer cumprir a lei. Sem dúvida há brechas que estão sendo aproveitadas pelos narcotraficantes, mas que já estão sendo corrigidas, como falta de delegados e técnicos especializados para mais investigações, deslinde dos crimes, identificação dos culpados e produção de provas consistentes para enquadramento definitivos dos criminosos.

        Como já se observa, o governo estadual foi acionado. Veio um novo comandante, novos juízes e há um força tarefa em ação, com 5 (cinco) delegados e 20 (vinte) agentes trabalhando em Quirinópolis para prender os autores de crimes do ano passado e deste ano. A ordem é investigar com critério  e prender os marginais, de tal forma que na justiça seus advogados não encontrem brechas para soltá-los. A população apoia e esforços não faltarão. É preciso devolver a paz à comunidade e resgatar a boa imagem Quirinópolis.


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Produção e comércio do açúcar de forma em Quirinópolis

Carreando açúcar de forma
               
                Das moendas do engenho a garapa era levada à tachas de fervura e destas ia aos gamelões de apuração, mas a calda açucarada ainda não era açúcar. Espalhada em tabuleiros ou formas forradas com bagaço de cana, ela teria de repousar por alguns dias sob cobertura  de barro preto nativo de lagoa para se purificar, clarear e transformar-se em um produto novo, cristalizado e de  agradável sabor - o açúcar de forma.

                Este produto era considerado mais  suave na comparação com a tradicional rapadura. Tinha a mesma origem - vinha da cana de açúcar, que era moída em  engenhos para extrair a calda, que passava por vários processos, até ganhar a doçura e a consistência de um adoçante. Seu uso vinha dos tempos coloniais, como um produto muito  usado na preparação de bebidas, doces, bolos e alimentos diversos.

                Para a missão de levar, em 1932, ao Porto da Maria Cunha, no rio dos Bois, 90 sacos deste açúcar reunidos de vários engenhos na região da Capelinha, foi procurado e contratado o casal  Benedito Carlota e sua esposa Olímpia Alves. Ele com seu carro de bois, um veículo de sua própria criação, e ela como candeeira, à frente de seis juntas de bois de propriedade do casal. Vieram da região do Varjão, que ficava às margens do rio Paranaíba, entre o antigo Porto do Gouveinha e a barra do córrego da Ronda, onde residiam.

                Benedito Carlota era assim chamado por ser filho de Carlota Corrêa, da família de pioneiros – os Corrêa(s),  da qual era mais conhecido o seu irmão Chico Corrêa, proprietário da marca Lagimeira, uma caninha de agradável paladar, muito apreciada em toda região do Sudoeste Goiano. Benedito, além de carreiro, fabricava carros de bois, carretões, carroças, utilizando-se de madeira que ele esculpia e de ferro fundia e moldava. Em casa tinha sua oficina diversificada, onde desempenhava os ofícios de ferreiro, sapateiro, carpinteiro, pedreiro, portanto era um senhor para toda serventia.

                Carregado e toldado o seu carro, com couro de boi e folhas de palmeira, como se exigia, partiram para a viagem. Deveriam cortar uma região de cerrados e matas pouco desbravada. Exigia-se muita coragem da mulher candeeira.   O imprevisto foi a chuva que tinha chegado já à alguns dias. O caminho passava pela ponte da cachoeira do  rio São Francisco, que estava novinha, erguida por um mutirão comandado pelo ainda jovem José Salomão.  Ali, estava o primeiro desafio: um atoleiro,  na subida do rio, depois da ponte, que deixou  o seu carro fincado na piçarra até o eixo,  nas trilhas amolecidas daquela estrada em formação. Era preciso pernoitar, por isso procuraram a casa de um conhecido, que ficava a três quilômetros dali.

                No outro dia, voltaram para desatolar o carro. Ao aproximar do veículo tiveram uma grande e desagradável surpresa: a carga amanheceu  completamente tomada por formigas doceiras e cabeçudas. Nunca se viu tanta formiga assim. As sacas estavam todas cortadas pelas saúvas e o açúcar que era branco opaco agora tinha ganhado uma cobertura marrom avermelhada devido as formigas. 

               Para arrancar o carro do atoleiro  adicionaram outras seis juntas de bois cedidas pelo fazendeiro. A tarefa não foi  tão difícil comparada ao trabalho que dava as formigas. Por fim, chegaram ao entendimento  que o jeito era tocar a viagem com elas mesmo. Debaixo de muita chuva chegaram ao senhor João Barbosa, compadre do carreiro, no alto da região do Paredão e seguiram pela estrada mestre, margeando o córrego do Lajeado. Já era noite,  quando alcançaram o Porto da Maria Cunha, de onde
e se podia chegar ao Triângulo Mineiro. A mercadoria agora era açúcar e algumas formigas, que não era boa, mas não podia ser descartada. Foi então depositada em uma sala de piso de chão, que foi forrada às pressas, com folhas de bananeiras. No outro dia veio o ataque das abelhas. Era assim naquela época. Mas, logo o produto seria dali levado à pé ou através de cavaleiros para ser consumido por moradores da região

                Naqueles tempos difíceis, o açúcar de forma servia para adoçar a vida da população que vivia em lugares distantes das pequenas cidades, mas seu transporte até estas localidades por carros de bois em época de chuvas, nem sempre fazia da vida dos carreiros uma doçura.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Fwd: Procuradoria Geral do Estado


---------- Forwarded message ----------
From: angelo rosa ribeiro Ribeiro <angelorribeiro@gmail.com>
Date: 2015-02-12 19:19 GMT-02:00
Subject: Procuradoria Geral do Estado
To: angelorribeiro@gmail.com

Para maiores informações clique aqui:

Edital do VII Processo Seletivo Público para Estágio na PGE-GO
30/01/2015 11h18 - Atualizado em 10/02/2015 14h40
Divulgado o Edital n. 01 /2015-PGE-CEJUR, com as regras do VII Processo Seletivo Público para Estágio na Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO). Poderão participar da seleção pública alunos da graduação em Direito que estejam regularmente matriculados em instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação e cursando a partir do 5º período, bem como bacharéis em Direito que voltaram à condição de estudante por encontrarem-se matriculados em curso de pós-gradução lato ou stricto sensu, enquanto permanecerem nesta condição. Sugere-se a leitura atenta do Edital n. 01/2015-PGE/CEJUR para obtenção de mais informações à respeito das inscrições, provas, remuneração, carga horária etc. Para mais informações clique aqui.