quinta-feira, 5 de março de 2015

Força Tarefa - uma ação emergencial e providencial


         Nos dois primeiros meses de 2015,  na nossa Quirinópolis, foram registrados 18 homicídios para uma população de cerca de 50 mil habitantes.  A cidade mais violenta do planeta é San Pedro Sula, em Honduras, onde são registrados anualmente 187 assassinatos a cada grupo de 100 mil habitantes.
        
         Fazendo-se as devidas contas, Quirinópolis, mantida a média dos dois primeiros meses de 2015, chegaria a registrar 108 homicídios, ou seja, 216 homicídios se tivesse 100 mil habitantes. O que significa dizer que seria a cidade mais violenta do mundo, acima da média da cidade hondurenha e muito acima da cidade mais perigosa do Brasil, que é Maceió, onde ocorrem 80 homicídios por 100 mil habitantes por ano.

         Tal como em San Pedro Sula, Maceió  ou  em todo Continente Sul Americano, o mais perigoso do mundo, os ingredientes do crime parecem ser similares: a dinâmica do tráfico das drogas, com suas bocas de fumo e acertos de contas entre traficantes e destes com os usuários inadimplentes; os conflitos interpessoais, as mortes por vingança, a falta de controle das armas e das munições, que são  incentivados pela impunidade dos criminosos em decorrência da falta de investigação, da frouxidão no modo de atuar das polícias civil e militar e da dissintonia entre as mesmas, além da conhecida lentidão da justiça. Entre as piores causas da criminalidade, portanto,  estão  a ausência de investigação ou a investigação mal feita e a consequente falta de esclarecimento dos crimes. Em razão deste fato, a justiça vem levando a culpa, por não poder segurar o bandido, quando a  investigação é mal conduzida.


         A  Força Tarefa é uma reação do governo estadual ao agravamento da situação de segurança no município, em atenção aos insistentes pedidos das lideranças políticas e empresariais da cidade, encaminhados através do prefeito Odair Resende.

        Foi preparada com a participação de policiais militares de altíssimo nível ao lado de novos e qualificados delegados. Atuando em conjunto fazem um trabalho que merece aplausos. Eles conhecem as falhas do sistema de combate ao crime. E fazem a diferença ao atuar, sem maiores incidentes e com muita eficiência.  Por certo, este esforço integrado temporário deixará resultados promissores. 

         Sabe-se que as pessoas assassinadas são jovens com menos de 30 anos e são vítimas de uma série de fatores, entre eles especialmente a crise por que passa a família, assunto que demanda outro tipo de discussão e de tratamento. 

               A Força Tarefa tem uma missão emergencial e providencial da maior importância que, por certo, cumprirá no curto prazo, qual seja a de devolver a Quirinópolis a condição de um lugar de paz. A chegada de mais juízes deverá consolidar o trabalho atual. É o que se espera.