segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Alerta: Quirinópolis pode perder nova indústria



São Martinho anuncia entrada na produção de etanol de milho

PLATAFORMA DO ETANOL PODE  NÃO SE CONCRETIZAR

   Quirinópolis poderá perder nova plataforma de etanol do milho

     Conforme alerta a coluna Broadcast Agro do 'Estadão',  poderá não sair do papel as intenções de investimentos de pelo menos R$ 1,3 bilhão, em Goiás, para produção do etanol do milho, que reforçaria a posição do Estado, como segundo maior produtor do país. O projeto contemplaria a Usina Boa Vista de Quirinópolis com cerca de R$ 350 milhões para uma nova plataforma industrial, o que colocaria o município como respeitado pólo brasileiro de produção, tanto de etanol, como  de derivados proteicos do milho para alimentação animal.

     O motivo da preocupação é um projeto de lei de autoria do deputado Humberto Aidar – PMDB, que ora tramita na ALEGO e que propõe acabar com o crédito recebido pelas usinas, sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), recolhido na venda de álcool anidro como compensação pelos investimentos realizados.

     O grupo São Martinho, controlador da Usina Boa Vista, firmou recentemente, no palácio, protocolo de intenções com o Estado de Goiás, na presença do governador Ronaldo Caiado, para implantação de uma unidade produtora de etanol a partir do processamento de milho, no município de Quirinópolis.

     André Rocha, presidente executivo dos Sindicatos da Indústria de Fabricação de Açúcar e de Etanol (Sifaeg/Sifaçúcar), afirmou que os planos estão ameaçados. "Temos quatro novos projetos de usinas de etanol a partir de milho que podem ser prejudicados, além de muitos outros em estudo."

     O setor sucroalcooleiro goiano que conta com 35 usinas e contribui com 30% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial de Goiás, 7,2% do PIB total do Estado e 5% do recolhimento de impostos. Todavia, 13 destas estão em recuperação judicial, situação que só pioraria com a proposta já aprovada pela Assembleia Legislativa. 

     A diretoria do Grupo São Martinho, demonstra certa insegurança ao afirmar  que a assinatura do protocolo não a obriga a implantação do projeto, mas formaliza sua intenção em ampliar a atividade industrial em Quirinópolis, atrelada a alguns compromissos do Estado e do município, dentre eles o incentivo fiscal para produção de etanol e derivados de milho".

     É de se lamentar que uma estranha propositura legislativa venha inviabilizar uma bem sucedida política de incentivos fiscais do Estado, e ameaçar a implantação de uma plataforma de produção anual de até 200 mil m3 de etanol hidratado e 140 mil toneladas de DDGS (Distillers Dried Grains with Solubles).

    Se essa anomalia se transformar em lei, não seria pequeno o prejuízo para a economia do Estado. lém se constituir num retrocesso  tecnológico irreparável,  como é o temor das entidades ligadas ao setor.  

     Para os  quirinopolinos será o fim do sonho de mais empregos, mais possibilidade de ascensão profissional e de um futuro com melhor qualidade de vida.


OPINIÃO  

     Estive, na semana passada,  na Assembléia Legislativa - ALEGO, com um amigo de Itapuranga-GO, Deputado Vágner Neto,  que a meu pedido, acompanha o trâmite do projeto de lei em questão e trabalha pela sua derrota naquela Casa. Atualmente, a "anomalia" encontra-se na CCJ. Por informações, a propositura contaria com a simpatia do governador Ronaldo Caiado.  Não acredito nisso, pois um compromisso de apoio fiscal foi firmado, recentemente, no palácio, com diretores  da Usina Boa Vista.

     ALERTA - É hora do apoio de todos para a conquista definitiva desta plataforma industrial de etanol do milho da maior importância para Quirinópolis.