sábado, 25 de dezembro de 2021

Zere contas ( ENEL-GO), sem se sacrificar, vantagens


Pequena usina fotovoltaica da Fazenda Prata,
 na  região da Cachoeirinha do Rio Preto, em Quirinópolis-GO.
Proprietários: Oneida e Ângelo Rosa Ribeiro


O gasto mensal significativo devido as contas de energia junto a ENEL-GO  levaram os proprietários citados a uma empresa do ramo para a elaboração de projeto técnico de uma usina fotovoltaica ou de geração de energia solar.

Com base nos dados de suas contas de energia rural e urbanas chegaram  a conclusão que necessitariam de 18 módulos ou placas de energia solar para uma produção equivalente a demanda existente.

O projeto foi elaborado pela empresa  GEOTECH, especializada em geração distribuída, que o encaminhou para aprovação da ENEL-GO. Utilizou-se módulos ou placas canadenses e um inversor de procedência austríaca, ambos com garantia de 25 anos. 

Uma cópia do projeto foi encaminhado para uma agência bancária local,  que o financiou com carência de três meses e quarenta parcelas mensais equivalentes aos valores das contas pagas a cada mês.

O sistema implantado foi testado pela instaladora em novembro/21 e ativado pela ENEL no início do mês em curso.

O controle de produção é on-line, pode ser verificado pelo seu celular, pelo Fronius Solar.web que, no caso desta usina, vem  mostrando marcas de geração acima do esperado, com vantagens  comparativas para o adquirente do sistema. Se ocorrer aumento de consumo, é possível redimensioná-lo para o reequilíbrio das contas.

Por isso vale a sugestão: gere a sua própria energia e fique livre das contas de luz e das elevações de tarifas pelo governo. 

Participe do esforço global de elevar a produção de energia limpa que  a  humanidade tanto precisa,  Livre-se da culpa pelo  uso da bandeira vermelha pela governo,  de termoelétricas, motores à diesel  e de outras fontes geradoras de gases poluentes. 

Faça o que é mais importante: ligue sua  fonte própria de energia limpa para que se possa desligar outras de energia suja na luta pela sustentabilidade do planeta  que está ameaçada pelo aquecimento global, devido ao aumento de CO2 e outros poluentes na atmosfera.


                          Por Ângelo Rosa Ribeiro, quirinopolino e produtor rural neste município.







sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Levantamentos.

 Para a execução do  contrato assinado pelos  produtores de Quirinópolis  uma equipe técnica da  empresa Latitude Engenharia e Tecnologia hoje se encontra no trecho Tocozinho -  Castelândia, realizando os levantamentos da estrada existente,  subsidiando  a equipe de engenharia especializada que  promoverá as alterações de trajetória exigidas para a implantação do asfaltamento da GO-319, até Castelândia.


sábado, 27 de novembro de 2021

GO-319 - agora deve sair ...


          No sábado,  27 de novembro de 2021, na fazenda do Sr.  Alessandro Chiogna, nas proximidades de Castelândia, reuniram-se os doadores de 700 mil reais para assinatura de um contrato para assumir  despesa que  seria do Estado - a elaboração do projeto executivo para a conclusão da GO-319 - Rodovia Onício Resende.  

            O que  há de diferente  e de importante desta vez ?

         De início, é evidente que houve o sacrifício dos produtores e empresários nesta inusitada contratação. Mas, isso poderia ser entendido como um ponto positivo.

         Ao deixar de lado esta questão,   vê-se que de fato ocorre  um inédito alinhamento de forças que começa no município sob o comando do prefeito Anderson De Paula,  que reconhece a importância da rodovia,  decididamente  quer a obra e não poupa sacrifício para consegui-la.

        Em linha direta com o governador, o prefeito anulou a interferência de forças negativas -  as poderosas forças ocultas dos contras por vaidades, por ciúmes ou por interesses inconfessáveis, que tanto prejudicaram a região.   

        Este alinhamento se consubstancia na participação de produtores e empresários,  que precisam da  rodovia e tem força para influir no processo. Investiram a expressiva quantia de 700 mil reais em um novo projeto executivo, sendo 350 mil da USJC. Sem falar no evidente interesse de outros segmentos, que precisam e querem a obra.

        A intermediação com o governador Ronaldo Caiado e com a GOINFRA agora é feita pelo prefeito que conta com a amizade  do governante e pelo deputado federal José Mário Schneirer, presidente da FAEG, homem influente e da confiança do chefe do executivo estadual.

        O Governo de Goiás ganhou recentemente no STF o direito de contratar novos recursos para o desenvolvimento do Estado. Estima-se que em 2022 haverá algo em torno de 7 bilhões de reais para obras de infraestrutura. Portanto, há o compromisso e, por certo,  os 68 milhões que serão investidos na GO-319.

        Acredita-se que toda a ajuda que Ronaldo Caiado recebeu em sua carreira política de Onício Resende e de seus amigos  como  Lourenção e muitos simpatizantes da UDR, que ajudou a fazer  dele  um nome nacional, hoje pesam a favor desta rodovia  que carrega justamente o nome  do ex-prefeito. 

        Mas, ainda há uma reserva de força para garantir a eliminação deste gargalo de 30 km que impede a liberação de um corredor de 260 km, de Indiara a São Simão, para a integração dos vários municípios a serem beneficiados - a união e participação de todos.

        A empresa projetista solicitou um prazo de 100 dias para entregar o  projeto. Sem ele não é possível a GOINFRA  fazer a licitação.  Feitas as contas, o deputado José Mário prevê máquinas trabalhando no trecho em  maio  de 2022. 

    Por Ângelo Rosa Ribeiro, natural de Quirinópolis-GO, foi professor da EV-UFG, deputado estadual por 2 mandatos, secretário estadual de agricultura por 2 vezes, secretário estadual de planejamento, diretor de credito agroindustrial do BEG, presidente do PMDB de Quirinópolis, presidente do PSDB de Quirinópolis por 2 mandatos, superintendente da SEMARH-GO, chefe de gabinete da PGE-GO, hoje  produtor rural residente  em Quirinópolis-GO.


Assinatura do Contrato do Projeto GO-319

Da esquerda para a direita, 

Deputado federal  José Máro Schreiner,  Prefeito Ânderson de Paula, Vereador Denilson Tocozinho e Ex-deputado Ângelo Rosa Ribeitro.

Momento da assinatura do contrato firmado  para o novo projeto executivo da GO-319, trecho Tocozinho até Castelândia, com recursos de produtores rurais e empresários. em apoio à conclusão do da obra citada

Em 27 de novembro de 2021

Por Ângelo Rosa Ribeiro, residente e produtor rural de Qurinópolis


domingo, 21 de novembro de 2021

PLACA DE RECONHECIMENTO


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PELA CONCLUSÃO G0-319

PROJETO EXECUTIVO REALIZADO COM RECURSOS DOS PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DA REGIÃO EM APOIO AO ASFALTAMENTO DA RODOVIA ONÍCIO RESENDE 

TOCOZINHO  CASTELÂNDIA

VALOR DA DOAÇÃO

R$ 700.000,00

           
Uma placa de reconhecimento aos produtores e empresários pelo sacrifício em prol  causa da GO-319, não no sentido provocativo,  mas de valorização  do esforço dos  que doaram por idealismo, pois a elaboração do projeto executivo sempre foi obrigação do Estado.


           Os produtores  de Quirinópolis  entenderam que precisavam ajudar, por que acreditam na seriedade do deputado José Mário Schreiner e do prefeito Anderson De Paula,. Ficou para todos o entendimento  prévio conhecimento deste esforço e que haverá a contrapartida definitiva por parte do governador Ronaldo Caiado.
 
               Se o preço a pagar para a conclusão das obras  paralisadas da GO-319 era o da doação de R$ 700 mil por parte dos produtores e da USJC, com 50% do valor, a fatura já foi liquidada.

         Caberá ao governador Ronaldo Caiado a contrapartida a este esforço para eliminar aquele gargalo logístico injusto,  inexplicável e prejudicial  em trecho que hoje tem o nome de Rodovia Onício Resende.

               Por Ângelo Rosa Ribeiro, natural de Quirinópolis-GO, foi professor da EV-UFG, deputado estadual por 2 mandatos, secretário estadual de agricultura por 2 vezes, secretário estadual de planejamento, diretor de credito agroindustrial do BEG, presidente do PMDB de Quirinópolis, presidente do PSDB de Quirinópolis por 2 mandatos, superintendente da SEMARH-GO, chefe de gabinete da PGE-GO, hoje  produtor rural residente  em Quirinópolis-GO.


  


terça-feira, 9 de novembro de 2021

Fakes news- invenção sem futuro

    As chamadas fake news - notícias mentirosas ou falsas - que tanto sucesso faz está com sua fase áurea esgotada. 

    O mundo não estava preparado para o maravilhoso espaço de expressão e de liberdade com as redes sociais. Mas, o aprendizado será rápido, pois a ferramenta encontra-se nas mãos da juventude, que quer a verdade,  o conhecimento para fundamentar o seu futuro. As boas informações são úteis, benéficas, naturalmente serão valorizadas e prevalecerão.  

    Os negacionistas patrocinadores de fake news, tem propósitos escusos ou inúteis. São obscurantistas que  serão afastados pela sociedade, porque representam o atraso. 

    A humanidade seguirá seu caminho de evolução cultural, ética, moral e do conhecimento verdadeiro. 

    A mentira é a negação da verdade. É um mal. Veremos que o mal nunca vencerá o bem. 

José Quirino da Silveira - um homem que deu muita força a Quirinópolis

 


José Quirino ao lado de sua filha Norma  (2018)

        Será sempre oportuno citar José Quirino Cardoso, que foi pioneiro e um grande  benfeitor de Quirinópolis, cidade que se desenvolveu  em boa parte graças a sua dedicação.  Com sua  morte, em 1919, sua filha Laura Quirino de Andrade volta para Passos-MG, terra de origem da família, de onde retorna casada com Aristides Silveira da Cunha, trazendo em sua companhia o filho José Quirino dayyy Silveira, com 3 anos.

   José Quirino da Silveira teve a sua⁹ infância e juventude na região conhecida como Fortaleza, onde tornou-se conhecido pela sua humildade e pela dedicação ao trabalho em busca da prosperidade. Ali, encontrou  a jovem Irene Guimarães - a Santinha - com quem se casou para juntos dar continuidade à sua luta e buscar seus objetivos comuns.

Apesar dos sobrenomes do casal - "Quirino" e "Guimarães"- os seus filhos não foram criados na riqueza.  José Quirino da Silveira e Dona Santinha construíram, ao longo dos anos, com o apoio dos filhos, um patrimônio material respeitável e expressivo. Ao mesmo tempo nunca deixaram de lado a prática do servir a todos que os procuravam na necessidade, que é um patrimônio considerado muito mais expressivo e significativo. Quantas pessoas os procuraram e quantas ajudas foram dadas no anonimato, tal como gostavam o seu Zé Quirino e Dona Santinha? Como se sabe, não foram poucas.
    Por outro lado, como cidadão, o senhor José Quirino reconhecia a importância da política e ajudava os políticos, geralmente de todos os partidos. Tinha seu lado, mas não era propriamente um militante partidário apaixonado ou radical Em 1995, o ex-deputado Ângelo Rosa Ribeiro, ao se elegeu para a presidência do PMDB de Quirinópolis, convidou-o para ser presidente de honra do diretório recém eleito, cargo que aceitou e que ocupava desde aquela ocasião.

     José Quirino sempre foi parceiro das entidades representativas da municipalidade, sobretudo as de cunho social ou filantrópico, a quem gostava de ajudar com discrição. Foi um dos fundadores do Sindicato Rural de Quirinópolis, da Cooperativa Agrovale, da extinta Cetersugo e a todas ajudou como parceiro, emprestando prestigio, experiência, credibilidade e solidariedade.

José Quirino da Silveira faleceu em 2020, vítima de uma parada cardíaca. Despediu-se de todos nós um homem de muito valor, justo e do bem. Mas, ficou a sua história, o seu exemplo de vida, de quem alcançou sua realização, a partir do quase nada, enfrentando desde menino a dureza do trabalho rural, no uso cotidiano dos braços, seja na enxada, na foice e no cabo machado. A imagem desta ferramenta, por sinal, foi escolhida para simbolizar sua luta pesada, mas enfrentada de forma incansável, em troca do conforto para família e para quem dele necessitasse, como fizera em toda sua vida.

A história de José Quirino da Silveira e Dona Santinha, de fato, é inspiradora. Deve ser aproveitada por todos aqueles que sonham em vencer na vida, coisa que com base no exemplo deles é plenamente possível - com muito trabalho, dedicação e honestidade.

    A seguir, um trecho de autoria de sua filha Norma Quirino, que muito nos honra, corrobora e dá força às nossas considerações:
              
   " Vejo muitas pessoas falando de ricos e pobres..., mas no meu modo de ver, pobreza nunca foi uma condição imutável. Nasci em berço humilde, meus pais, naquela época, eram pobres, morávamos em casa de piso de terra batida, paredes de madeira e tabocas, barreadas para que o vento frio não entrasse, camas fincadas no chão, colchão de capim (Ah!... não me lembro se coçava kkk). O fogão era de lenha; roupas lavadas na bica d’água ou na água retirada da cisterna, num balde puxado por uma corda presa a uma carretilha, cujo som acaba de chegar à minha memória ...

     Alimentação - comíamos o que se retirasse da terra, industrializados eram raros na nossa casa; caixeta de bálsamo com repartição ao meio, cheia de bananada ou goiabada de cortar; a hora da merenda era esperada com ansiedade, muitos doces, nem tinha noção da palavra “ diabetes “.

    Aprendemos desde cedo o que era o trabalho, não um trabalho qualquer, trabalho de gente grande, tinha resultado! Os meninos no campeio, na guia do carro de bois ....De bois ofegantes pelo ferrão do carreiro, quase passavam por cima da gente. Éramos pequenos, mas chegando ao paiol era hora de descarregar o milho ou abóboras diretamente na margem do rego próximo ao chiqueiro.....Mercadoria na porta do paiol, trabalho concluído? Não, “restoiar “ o milho e colocar para dentro do paiol.

    Assim eram nossos dias, cheios das mais diversas obrigações! Éramos felizes, crescemos assim na vida! O paiol era anexo ao quarto das crianças, nem alergia tínhamos, ninguém com asma etc... Vestíamos roupas quase sempre ganhadas, o que nos deixava imensamente felizes. Muitas vezes, ao recebermos visitas a correria era grande para trocar a vestimenta remendada.

    Tivemos lições diárias de economia e humildade, isso nos fez ser o que somos, e serve de referência para nossos filhos.... Não foram poucas as ocasiões que nos sentíamos humilhados, tínhamos noção das coisa, comparávamos, mas este sentimento só serviu para nos impulsionar a querer melhorar de vida e lutar .... Trabalho, economia, humildade, perseverança, fé e bons conselhos nunca faltaram na casa dos nossos pais José Quirino e dona Santinha".

    Por Ângelo Rosa Ribeiro, natural de Quirinópolis-GO, foi professor da EV-UFG, deputado estadual por 2 mandatos, secretário estadual de agricultura por 2 vezes, secretário estadual de planejamento, diretor de credito agroindustrial do BEG, presidente do PMDB de Quirinópolis, presidente do PSDB de Quirinópolis por 2 mandatos, superintendente da SEMARH-GO, chefe de gabinete da PGE-GO, hoje  produtor rural residente  em Quirinópolis-GO.




segunda-feira, 8 de novembro de 2021

GO-319 - o passo a passo, a história

Foto do Grupo Projeto GO-319

Nos tempos da Capelinha

    Desde o tempo em que Quirinópolis ainda era Capelinha, os pioneiros, como o próprio João Crisóstomo de Oliveira,  ou viajores por diversos fins que vinham e voltavam  de Minas Gerais ou do Sudeste do Brasil, tinham que passar pelo porto de  Santa Rita do Paranaíba, hoje Itumbiara, chegar ao rio dos Bois, atravessá-lo  pelas três pontes (2 km de Castelândia)  e, em seguida, derivar-se  pelo interior das  Sete Lagoas.

 O objetivo era alinhar estradas carreiras e trilhas de boiadas para  alcançar o vau dos Cassimiras, no rio São Francisco, ou outro à jusante, até chegar a Capelinha. Foi por este caminho aí  que chegou o primeiro veículo motorizado a Quirinópolis, em 1927.

Reconhecendo o perigos da travessia por vaus e as dificuldades de todos, o senhor José Salomão L da Silva, em 1928,  prontificou-se a doar aa aroeiras e foi atrás de doações dos fazendeiros da região para construir a primeira ponte sobre o rio - a ponte da cachoeira do São Francisco.

Foi assim que se consolidou o histórico e o atual traçado da GO-319.

Reconhecimento ao ex-prefeito João Hércules e ao senhor Francisco Rosa Ribeiro - Chico Preto.

Ao se candidatar a prefeito o senhor João Hércules chamou seu amigo Chico Preto e lhe pediu: Chico, você que é o nosso líder que conhece o povo da Sete Lagoas. Preciso que vá de casa em casa e tome conta de minha campanha. Ao que Chico disse: o principal problema aqui é abrir uma estrada pelo meio da mata, do Tocozinho até o córrego Grande e melhorar o trecho para a Castelândia. Posso prometer isso em seu nome? 

O candidato respondeu: pegue aqui na minha mão Chico, vamos ganhar a eleição e fazer a estrada. Com esta palavra recebida,  o senhor Chico foi primeiro buscar a anuência de seu padrinho Benedito Rosa de Morais, dono das matas que seriam cortadas pela estrada, sem ônus, senão o do benefício de todos.

Veio a eleição, João Hércules se elegeu e no quarto mês de sua gestão chamou o Chico Preto e disse: contrate um agrimensor - Dr Allan Fonseca - traga o projeto que eu vou te entregar um trator de esteiras e um tratorista, o Natão. Você  dê toda a assistência a  ele e a um auxiliar dele, até abrir a estrada. 

O Chico nem reclamou das despesas que viriam. Tratou de comprar uma camionete para dar o apoio solicitado.

Foram 90 dias de trabalho intenso,  mas rasgou-se a mata, em linha reta de 12 metros de largura e 15 km de extensão.  Ação contínua, o prefeito João Hercules  mandou patrolar  e abrira  pista com largura de 8 metros. Para concluir,  ampliou e melhorou o trecho aqs imediações da  Castelândia.

Mais história da GO-319

Passaram-se alguns anos, o leito amplo de estrada foi se encapoeirando. O então  prefeito Onicio Resende reabriu a estrada, recuperou suas dimensões originais,  com pista ampla  e fez melhoramentos até Castelândia. O deputado Odair Resende, em projeto de lei de sua autoria denominou de Onicio Resende a este trecho,  agora  como  GO-319.

Em 1997, o governador Naphtaly Alves convidou o ex-deputado Ângelo Rosa Ribeiro para o cargo de secretário de agricultura. O convidado, ao aceitar o cargo, pediu o asfaltamento do trecho Quirinópolis até o Rio São Francisco. Em seguida, o ex-deputado assumiu a secretária de planejamento e participou da alocação de recursos da venda de Cachoeira Dourada para o asfaltamento dos primeiros 5 km, até o referido rio. 

Por fim, em sua campanha à governador, Alcides Rodrigues fez o compromisso público de asfaltar até Castelândia, mas só conseguiu chegar até ao Tocozinho.

Expectativa atual

O que há de diferente no momento é que  há  reconhecimento geral de que é preciso resolver o gargalo existente.  No lugar de poucas lideranças políticas lutando, envolveu-se agora os próprios produtores e empresários, que estão de forma espontânea, idealista  e elogiável, custeando um novo projeto, diga-se, de alto custo, que a rigor seria uma obrigação do governo estadual.

Agora, a esperança é que as ações políticas do deputado  José Mário Schreiner,  do prefeito Anderson De Paula, somados ao crédito financeiro antecipado dado  pelos próprios contribuintes para o projeto que será doado a GOINFRA,  convençam o governador Ronaldo Caiado a dar fim neste antigo imbróglio e liberar de vez esta importante rodovia, que permitirá sair de Indiara á São Simão e vice-versa, com todos os benefícios sociais, econômicos e culturais da integração que ela propiciará.


    Por Ângelo Rosa Ribeiro, natural de Quirinópolis-GO, foi professor da EV-UFG, deputado estadual por 2 mandatos, secretário estadual de agricultura por 2 vezes, secretário estadual de planejamento, diretor de credito agroindustrial do BEG, presidente do PMDB de Quirinópolis, presidente do PSDB de Quirinópolis por 2 mandatos, superintendente da SEMARH-GO, chefe de gabinete da PGE-GO, hoje  produtor rural residente  em Quirinópolis-GO.





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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Revista Galileu: Por que reduzir emissões de metano não basta contra o aquecimento global


Pesquisadora na Universidade de Oxford destrincha a razão pela qual não se deve abandonar os esforços para controlar as emissões de CO2 — cujos danos ao clima duram muito mais tempo

Liderando uma aliança de mais de 100 países, o presidente dos EUA, Joe Biden, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lançaram o Global Methane Pledge — um acordo para reduzir as emissões de metano em 30% entre 2020 e 2030.
 

O metano é um gás de efeito estufa que causa cerca de 0,5 °C de aquecimento global, de acordo com a última avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Cada molécula adicionada à atmosfera é cerca de 26 vezes mais potente no aquecimento do que uma molécula de CO₂ [dióxido de carbono], mas só permanece na atmosfera por cerca de uma década.

O metano vaza de poços de petróleo e gás, aterros sanitários e é expelido pelo gado. Os países signatários do acordo abrangem dois terços da economia global e metade dos 30 maiores emissores de metano, incluindo o Brasil. China, Índia e Rússia, no entanto, não assinaram até o momento em que escrevo.

Tenho trabalhado e falado publicamente sobre as emissões de metano e seus efeitos no clima por cerca de uma década. Durante esse tempo, os níveis de metano na atmosfera aumentaram rapidamente, causando mais aquecimento global. Então, embora eu ache que seria ótimo reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, algo está me incomodando.


Podemos não saber quanto deslocamento está acontecendo, mas sabemos que nos últimos 30 anos, desde a Cúpula da Terra no Rio, o mundo não conseguiu reduzir as emissões de CO₂. E então, como ficou tarde demais para efetivamente ter uma redução suave nessas emissões até zero, enquanto limitamos o aquecimento a bem abaixo de 2 °C, esperamos que talvez o metano vá salvar nosso
 bacon.

É a suspeita de que tanto barulho sobre cortes de metano será (deliberadamente ou não) uma boa notícia que obscureça o lento progresso nas emissões de CO₂. Você pode perguntar: isso é um problema? Nenhuma ação deve ser aplaudida? Sim e não. Sim, porque qualquer redução nas emissões de gases de efeito estufa é um progresso em direção às metas de temperatura do Acordo de Paris. Isso é inegável. Não, se isso deslocar o esforço do principal motor do aquecimento global — as emissões de CO₂ fóssil.

Como as reduções de metano podem ser muito mais eficazes do que as reduções de CO₂ quando o metano contribui menos para o aquecimento global do que esse gás? É porque o metano tem vida muito mais curta na atmosfera do que o CO₂ e, portanto, reduzir as emissões de metano na verdade diminui seus níveis na atmosfera em décadas.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Rodovias asfaltadas de Quirinópolis - histórico

                  Mapa de GO-319, Goiás

 Nunca foi fácil a concretização de obras asfálticas,  que quase sempre demoram.

Quando tive minha primeira audiência com  Iris Resende, mostrei  o traçado de Cachoeira Dourada até o Mato Grosso e disse que  Quirinópolis  sonhava com esta rodovia  asfaltada. Ele olhou para mim, segurou em meu braço e disse; " vamos ter fé em Deus  e trabalhar - quem sabe poderemos chegar até lá''. E foi possível ir muito á frente. 

 A rodovia de Quirinópolis a  Lagoa do Bauzinho foi o primeira   asfaltada, com esforços de Humberto Xavier e Onício Resende.

Estive à frente de companheiros da região por conquistas muito difíceis. Por exemplo, a rodovia de Quirinópolois para Paranaiguara  que nas críticas da população à época, tinha sido inaugurada 3 vezes pelos políticos, mas foi mesmo construída pelo governo de Iris Resende, que atendeu-nos levando o asfalto até Itagaçu. 

A rodovia para Caçu, foi anunciada e iniciada  pelos governos de Iris,  Santillo e Onofre Quinan, respectivamente. Todavia,  foi construída por Iris, no seu segundo governo, com empenho de Sodino Viiera e da representação política regional.

Passaram-se menos de duas décadas desde a inauguração do primeiro trecho asfaltado, de Qiuirinópolis até Lagoa do Bauzinho. Depois, numa sequencia incrível:  GO-164, de Quirinópolis até Paranaíguara e Itaguaçu; GO-206, de Cachoeira Dourada até a divisa do Mato Grosso, com extensões para divisa.GO-MT, Aporé e Lagoa Santa.

Quirinópolis foi assim elevado a condição logística de importante entroncamento rodoviário, ganhou competitividade e  alcançou a era da agro industrialização,  que trouxe multiplicação das oportunidades e  transformação sócio econômica e cultural da cidade e da região.  


A conclusão da GO-319 vai trazer  novas oportunidades e melhor qualidade de vida pra todos.

Há  quase 25 anos, ao assumir  a secretaria estadual de agricultura, à convite  do  governador Naphtaly Alves, pedi que se construísse os primeiros 5 quilômetros da GO-319, até a ponte do Rio São Francisco, o que de fato foi feito,  com  alocação de recursos da venda de Cachoeira Dourada.  Em seguida,  somamos  esforças com os ex-deputados Nerivaldo Costa e Nilo Resende, para que  o governador Alcides Rodrigues levasse  o  asfalto  ao Tocozinho, 

 A última etapa, sem dúvida, será a mais importante. Esperamos  que seja concluída agora, no governo Ronaldo Caiado. A bem da  verdade,  já foram realizados dois projetos técnicos:  um pelo DERGO, no tempo do Iris e outro pela AGETOP.  A obra não saiu e o  dinheiro público empregado nos projetos não nos beneficiou.

A estratégia de envolver num novo projeto técnico a Usina SJC,  os  produtores rurais da região,  empreendedores do agro  foi inteligente.  notícia de que a usina,  USJC, compromissou-se  com a metade dos recursos exigida para a elaboração de  um novo projeto é auspiciosa. A  outra parte,  R$ 350 mil,  está sendo doada por voluntários, que vão se sacrificar por esta causa justa e necessária.  

Noticias recentes  dão conta da disponibilidade de recursos orçamentários para aplicação em rodovias no ano vindouro. Não há razão para se  duvidar  da seriedade do governador Ronaldo Caiado.

O desafio agora  foi relançado. Em breve o asfaltamento do trecho restante da GO-319,   Rodovia Onício Resende, será uma realidade, graças ao governador Ronaldo Caiado, ao protagonismo do prefeito Anderson De Paula, do deputado federal José Mário Schreiner e da contribuição de todos os idealistas que acreditaram e se envolveram nesta luta.


                  Por Angelo Rosa Ribeiro, quirinópolino, ex-deputado, ex-secretário de agricultura.



terça-feira, 28 de setembro de 2021

Gouvelândia - ascensão e queda do prefeito Júnior Macedo

                                   


                                

Entre tantas histórias de administrações públicas,  algumas chamam a atenção por terem desfechos inusitados, como a do exemplo que a seguir será comentado. 

Por volta do ano 2000,  assumia a prefeitura de Gouvelândia, o candidato Ademar  Macedo dos Santos  Júnior, com a logo ' Jr. Mais Cedo', com proposta de renovação da  política local. Era jovem, não tinha  a rejeição dos políticos mais velhos e agradou  o povo, sempre defendendo  mudanças para melhorar a vida das pessoas. De fato, era uma revelação na política local.

Foi fácil a tarefa de eleger o Macedo,  mas a vitória que lhe concedeu poder, logo  iria cobrar-lhe um alto preço. 

Ele precisava primeiro voltar-se para comunidade que o elegeu,  buscar  pessoas com conhecimento das demandas e dos compromissos de campanha, que tivessem capacidade de gestão, credibilidade pública,  qualificação técnica exigida, sensibilidade  politica e idealismo  para arrumar logo  a casa e tocar a gestão, no momento em que a população estava disposta a esperar.

Mas,  isso não aconteceu.  Sem experiência, não  se aprofundou na busca de gente capaz para nomear seu secretariado e  constituir   um conselho de administração  experiente para ajudar no planejamento e  tomada das principais decisões.    

 Com o tempo, os problemas foram se agravando.  O seu plano de obras não se  encaixava mais no seu orçamento. Para alguns, faltaram humildade e realismo. Para outros, um ar de vaidade e arrogância tomava conta do prefeito e de seus assessores.  As más notícias começaram a se  espalhar.

O prefeito buscou recursos no governo estadual e até em Brasília com apoio de seus deputados, mas os recursos não chegavam no tempo certo. Preocupado,  com muitas obras em andamento, procurou a opinião de seu amigo, o ex-deputado Ângelo Rosa, que hoje pode dar  seu testemunho. 

Fiquei honrado pela consulta, afinal foi de minha autoria a iniciativa da emancipação de Gouvelândia. Depois de ouvi-lo, lembrei a ele  que um prefeito deve sempre dar seus passos,  conforme suas pernas,  não fugindo dos limites do orçamento. Economizar no início para investir no fim. Não deixar  os críticos sem adequada resposta e ser sempre transparente,  criterioso,  justo e honesto,  não dando motivos para o povo desconfiar de sus ações.  Manter bom relacionamento  com os parceiros do poder legislativo, ministério público e  judiciário, O resto é consequência do dia a dia, de seu aprendizado, performance e  da sua  liderança pessoal.

De forma pouco agradável, soube que tudo que não podia acontecer já tinha acontecido. Os agentes políticos  experientes e idealistas que podiam ajudar,  já o criticavam. Acabara  a confiança e a colaboração espontânea da população.  

Isolado, o prefeito só recebia pedidos dos  mal intencionados  e de aproveitadores. Foi aí que apareceram  os advogados para evitar o agravamento das ações judiciais já em execução.  O prefeito,  na defensiva, teve que se afastar ainda mais do povo. No fim,  acabou sendo afastado do cargo. 

Como sempre acontece, fugiram dele os políticos que lhe ofereciam recursos e  os amigos de oportunidades. Ficaram com ele  a má fama, os advogados e os intermináveis processos na justiça

Nunca mais se viu falar do prefeito Júnior Macedo.  Era  um  jovem sonhador, que  parecia ter  muito futuro.  De fato,  teve a oportunidade de ser  prefeito e lutar pela sua querida cidade.

Seu insucesso muito nos ensinou. Seu sonho virou pesadelo, todavia, ainda hoje, a lição oferece subsídios válidos, como regras  básicas e sempre atuais para quem quer fazer uma boa e harmoniosa gestão.


sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Terras - nem de graça



 Antes da década de 50,  ninguém dava um cavalo arreado, indispensável para a lida com o gado  e a locomoção das pessoas, por um pedaço de terras que  tinham pouca ou nenhum utilidade. Mas, nem todo mundo pensava assim.

 Dois jovens passeavam com suas éguas ao estilo da época, quando foram surpreendidos por uma cutucada de um dono de terras, que ofereceu   8 alqueires de mata na beira do rio dos Bois, em troca dos dois animais que montavam. Ficaram muito animados, com a possibilidade de possuírem um pedaço de terra, mas pediram para falar com seus  pais.

Ao contarem a oferta, ficaram decepcionados com a resposta do pai: para que querem mais terra?  Não estamos dando conta da que já temos.

 Naquele  de matas densas os proprietários não possuíam máquinas, capital e nem mão-de-obra para desmatar,  destocar,  encoivarar,  queimar, preparar para o plantio,  semear, limpar   cultivar e, ainda tinha o fator chuva, que ali quase sempre faltava. Se colhesse, dependia do comprador, que não vinha, e do preço  que também nem sempre ajudava.   Se desistisse  no meio do caminho, a roça virava capoeira e mato de novo.

Mesmo assim, para os jovens que acreditavam no futuro,  o pai não estava com a razão.  



quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Quanto valia a terra? ( em rascunho)

Nascimento do Chico Preto - uma história real, com discriminação, ciúmes, medo e felicidade.

Conta-se que em 1914, um jovem,  bem afeiçoado, bom peão, cantor e  tocador de sanfona,  criado em terras do coronel Jacinto Honório, e que era conhecido por Negão Meia Légua, tinha um casamento confirmado com uma viúva rica, proprietária de muitas terras, nas Sete Lagoas. 

 O jovem, porém, se dizia  frustrado por ainda não possuir uma  boa mula, com arreata no estilo da época  para trabalhar e para ir nas festas, que ele gostava muito.  Com a pulga na orelha, sua companheira ia temperando o assunto, alegando que não tinha dinheiro para esta compra e que seus irmãos eram contra vender o gado dela, que era pouco.

Não adiantou.  A decisão  do Negão de comprar a mula tinha sido tomada. Deu 20 alqueires da terra que nem era só da patroa, sem consultar a ninguém,  por uma mula bem arreada e, de sobra, uma sanfona, que exigiu no negócio.  

Aí deu uma baita confusão. A família se revoltou  e não aceitou o negócio.  A situação ficou  ruim.  Ninguém  queria  vender a terra, nem o comprador aceitava as tramas de volta. O Negão, então, além de desmoralizado,  foi acusado de malandragem, de não ter juízo e  considerado uma ameaça para a família. A união dos dois descabeçados estava desautorizada.  Não tinha futuro.

Mas, o que ninguém sabia  era que a companheira do Negão estava grávida e isso piorou muito as coisas. Então, depois de acalorados debates, os do contra decidiram que não aceitavam um filho do Negrão na família. Teriam  que dar um fim na cria, antes do nascimento. Não podia vingar.  

A mãe estava muito contrariada,  estressada, mas queria o filho. Resistiu a ideia do aborto, mas temia pelo futuro do rebento no momento do parto. Na cabeça dela, iam sufocar o filho com um travesseiro. Desesperada, achava que isso ia acontecer.

 Foi preciso que um amigo da família, que veio de longe,  procurasse um padre que estava na região para o aconselhamento familiar.  A turma da paz decidiu celebrar uma missa por ocasião do parto para proteger a criança que ia nascer.

A intriga continuou, aliás ficou pior, mas a criança escapou. 

Era um menino negro. Sua mãe, Dona Josina,  o batizou como Francisco. Virou Chico Preto.  Foi bem criado, prosperou e se tornou o líder daquela família. 

Neste caso perdeu-se um pedaço de terra, mas a troca  compensou. Como diria o senhor Sebastião Ovídio Ribeiro, o Meia Légua:  naquele tempo a terra não valia nada mesmo.

  

Terra pra que?

 Antes da década de 40,  ninguém dava um cavalo arreado, indispensável para a lida com o gado  e a locomoção das pessoas, por terras que  tinham pouca ou nenhum utilidade. Mas, nem todo mundo pensava assim.

 Dois jovens passeavam com suas éguas, quando foram surpreendidos por uma oferta de um vizinho de seus pais, que ofereceu   8 alqueires de mata na beira do rio dos Bois, em troca dos dois animais. Ficaram muito animados, com a possibilidade de possuírem um pedaço de terras. Afinal eram apenas duas éguas, mas pediram para falar com o pai deles.

Ao contarem a oferta, ficaram decepcionados com a resposta do pai: para que querem mais terra?  Não estamos dando conta da que já temos.

 E não estavam mesmo, porque, naquela época, sem máquinas  tinham que ter capital e mão-de-obra para desmatar,  destocar,  enfaixar, queimar, preparar para o plantio,  cultivar e esperar a chuva, que ali sempre faltava e, por fim, enfrentar o preço  que também nem sempre ajudava. 

Na realidade, não era fácil. A vida do dono de terras foi sempre assim. 

O pai estava com a razão? 

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Cessou o show e o encantamento em um rio de Quirinópolis - história

https://goo.gl/maps/h4NbWC5xoeW75n4M7
Selecione o link acima e o insira em nova guia. Veja  foto de  Nádia Cruz


            Por volta de 1928, o senhor José Salomão  Lemos da Silva disponibilizou aroeiras  e protagonizou uma parceria para a construção de uma ponte que ficaria do lado de baixo de uma cachoeira existente no Rio São Francisco, a 3 km da sede de sua propriedade.
     Sua intenção era melhorar as condições de acesso para os moradores da região das Sete Lagoas e de viajantes que se dirigiam para Quirinópolis. Com a ponte cessaria a utilização dos perigosos vaus do referido rio.  Os fazendeiros da região doaram gado e desta parceria resultou a construção da ponte. 
             O conjunto surgido da união cachoeira e ponte tornou-se uma atração, pela sua surpreendente beleza. A queda das águas do rio produzia uma intensa nuvem de gotículas, sob forma de fumaça, que se dirigia para cima da ponte, ao soprar  de agradável corrente de ar que surgia  no ambiente da cachoeira. 
       Crianças de toda a região, ao passarem por ali pediam aos pais,  que quando chegassem na ponte, deixassem os vidros dos carros abertos, para serem pulverizadas pelos refrescantes chuviscos. Algumas subiam nas carrocerias das camionetes, outras preferiam passar à pé,  correr sobre o leito molhado da ponte, para se deliciarem com a "chuvinha" e com o som emitido pela cachoeira.
          Eram encantadores e  mágicos os efeitos naturais ali produzidos e, de fato, propiciavam momentos felizes e inesquecíveis  para a garotada e suas famílias. 
          Abaixo, o rio seguia o seu curso, a desviar-se de grandes pedras, em seu leito coberto por exuberante mata ciliar. Tudo isso a compor um bucólico panorama, um visual que não sai da memória de quem teve a oportunidade de viver a emoção de passar por aquele lugar.
            Com a construção de nova ponte,  à  montante da cachoeira, o tráfego  de veículos migrou para nova direção. Os proprietários das terras, criadores de gado, fecharam o corredor para rodovia e isolaram a ponte, que já estava necessitando de reforma. Com o passar do tempo a ponte caiu.  
Fecharam as portas do show
        Para o povo, que não pode mais passar por ali,  o sentimento é  de que  quebraram a ponte de tanta tradição e encantamento. Sobraram apenas as ruínas da velha construção.  A estrada que dava acesso ao lugar, foi bloqueada.  Fecharam as portas do show,  daquele espetáculo natural, que atraia olhares e  era objeto de contemplação.
              A área foi doada ao poder público pelo casal pioneiro José Salomão Lemos da Silva  e Francisca Jacinto. Nos finais de semanas e feriados, uma multidão  procura aquele lugar para se divertir.
        Quem sabe um dia o poder público municipal  possa resgatar este patrimônio, reconstruir a ponte da chuvinha, viabilizar uma estrutura nova, permanente  e ecologicamente correta. 
       Ponte Quebrada, como hoje é conhecida,  é uma designação que não faz jus a um lugar que tem tanta  história - a ponte foi o primeiro bem público de porte construído em parceria  pelos fazendeiros da região -  em 1928. O lugar foi sede da primeira hidrelétrica da cidade de Quirinópolis e o conjunto ponte-cachoeira foi, enquanto existiu,  uma atração memorável.
      Tudo  vale  a pena:  sonhar,  valorizar a cachoeira, construir uma ponte, resgatar a chuvinha,  a paisagem bucólica, a beleza das correntezas e  a magia do lindo lugar, inclusive como ponto de fortalecimento do turismo  ecológico em Quirinópolis.  Quem sabe agora não é hora de se articular  uma nova parceria. Lembra-se de como foi a construção  da ponte? Ali há potencial para muito mais.

    Por Ângelo Rosa Ribeiro, natural de Quirinópolis-GO, foi professor da EV-UFG, deputado estadual por 2 mandatos, secretário estadual de agricultura por 2 vezes, secretário estadual de planejamento, diretor de credito agroindustrial do BEG, presidente do PMDB de Quirinópolis, presidente do PSDB de Quirinópolis por 2 mandatos, superintendente da SEMARH-GO, chefe de gabinete da PGE-GO, hoje  produtor rural residente  em Quirinópolis-GO.
  

 https://youtu.be/RsTQ2tjtyD8
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sábado, 28 de agosto de 2021

HUMBERTO XAVIER - POLÍTICO E LIDERANÇA DO BEM

 


     Humberto Xavier nasceu em 29 de setembro de 1933, em Quirinópolis-GO.  Era filho de  Lázaro Xavier e Márcia Barbosa Xavier.  Casou-se com Yvone Ferreira Rodrigues Xavier, com quem  teve três filhos: Mônica, Mauro e Márcia. Foi professor estadual, servidor do fisco federal, prefeito do município (1970-1973), diretor administrativo da extinta  Caixego e deputado estadual (1975-1987), por três mandatos consecutivos. Veio a falecer  em 01 de maio de 2021, aos 87 anos, em Goiânia-GO,  devido a  complicações  de um AVC.   Seu corpo foi velado na sede da ALEGO, em Goiânia-GO, sob decreto de luto oficial, e em Quirinópolis, sua cidade natal. 

          Em 1969, Humberto Xavier foi lançado candidato a prefeito e protagonizou uma virada política histórica em Quirinópolis. O anúncio de sua decisão causou forte impacto no meio político tradicional. Ele não era visto como político, nem tinha filiação partidária. Era uma aposta na  renovação. Ao ser eleito, colocou a termo um longo período de domínio político ininterrupto do PSD, sob a batuta do coronel Jacinto Honório e de seus companheiros .

            Na disputa contra 5 concorrentes, Humberto teve o apoio simbólico do Movimento Revolucionário de 64, de quem recebeu o comando da Arena 2, sublegenda do partido criado para dar sustentação ao governo militar, que  comandava o pais.

        Como prefeito investiu sobretudo em educação, com bom atendimento a zona rural, onde construiu diversas escolas. Priorizou também a infraestrutura com destaque para o saneamento básico e o setor de transportes.  Dada aos suas valores pessoais. morais, éticos e sua visão diferenciada de gestão, consolidou a imagem de um administrador dinâmico, honrado e eficiente.  O seu governo, apesar de breve, foi bem avaliado pala população.

        A sua passagem pela prefeitura sedimentou sua eleição para deputado estadual, com o que  conquistou a condição de primeiro representante de Quirinópolis na Assembleia Legislativa de Goiás.

    No plano estadual, sua atuação rendeu diversos benefícios para o município e região. Graças ao seu trabalho parlamentar, em sintonia  com o ex-prefeito Onício Resende, foi possível viabilizar a obra do asfaltamento do trecho de Quirinópolis à Lagoa do Bauzinho - a primeira ligação para Goiânia. Graças ao seu trabalho, um armazém, de grande tonelagem, foi construído pela Casego. Foram instalados durante seus mandatos o Colégio Independência, o Colégio Dr Onério e a  Agência Rural, onde hoje funciona a Agrodefesa.  

     Humberto atuou como agente político e gestor sem deixar dúvidas quanto a sua honestidade. Muito experiente  e conciliador, tornou-se uma espécie de professor e conselheiro político para seus pares a amigos. 

    O passamento  de Humberto Xavier tem o significado da perda de um grande líder do bem, cujo  idealismo, obras e feitos se constituem em exemplos a serem seguidos, sobretudo, sob o contexto das novas exigências populares por ética, moralidade na prática política, capacidade de gestão, respeito  ao  bem público e, principalmente, respeito ao cidadão. 

                    Ângelo Rosa Ribeiro nasceu em Quirinópolis, foi professor da EV- UFG, deputado estadual (2x), secretário de agricultura de Goiás (2x), secretário de planejamento de Goiás,  assessor técnico da SEGPLAN GO, superintendente da SEMARH GO, chefe de gabinete da PGE-GO. Hoje è e produtor rural em Quirinópolis-GO.