sábado, 25 de dezembro de 2021
Zere contas ( ENEL-GO), sem se sacrificar, vantagens
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
Levantamentos.
Para a execução do contrato assinado pelos produtores de Quirinópolis uma equipe técnica da empresa Latitude Engenharia e Tecnologia hoje se encontra no trecho Tocozinho - Castelândia, realizando os levantamentos da estrada existente, subsidiando a equipe de engenharia especializada que promoverá as alterações de trajetória exigidas para a implantação do asfaltamento da GO-319, até Castelândia.
sábado, 27 de novembro de 2021
GO-319 - agora deve sair ...
No sábado, 27 de novembro de 2021, na fazenda do Sr. Alessandro Chiogna, nas proximidades de Castelândia, reuniram-se os doadores de 700 mil reais para assinatura de um contrato para assumir despesa que seria do Estado - a elaboração do projeto executivo para a conclusão da GO-319 - Rodovia Onício Resende.
O que há de diferente e de importante desta vez ?
De início, é evidente que houve o sacrifício dos produtores e empresários nesta inusitada contratação. Mas, isso poderia ser entendido como um ponto positivo.
Ao deixar de lado esta questão, vê-se que de fato ocorre um inédito alinhamento de forças que começa no município sob o comando do prefeito Anderson De Paula, que reconhece a importância da rodovia, decididamente quer a obra e não poupa sacrifício para consegui-la.
Em linha direta com o governador, o prefeito anulou a interferência de forças negativas - as poderosas forças ocultas dos contras por vaidades, por ciúmes ou por interesses inconfessáveis, que tanto prejudicaram a região.
Este alinhamento se consubstancia na participação de produtores e empresários, que precisam da rodovia e tem força para influir no processo. Investiram a expressiva quantia de 700 mil reais em um novo projeto executivo, sendo 350 mil da USJC. Sem falar no evidente interesse de outros segmentos, que precisam e querem a obra.
A intermediação com o governador Ronaldo Caiado e com a GOINFRA agora é feita pelo prefeito que conta com a amizade do governante e pelo deputado federal José Mário Schneirer, presidente da FAEG, homem influente e da confiança do chefe do executivo estadual.
O Governo de Goiás ganhou recentemente no STF o direito de contratar novos recursos para o desenvolvimento do Estado. Estima-se que em 2022 haverá algo em torno de 7 bilhões de reais para obras de infraestrutura. Portanto, há o compromisso e, por certo, os 68 milhões que serão investidos na GO-319.
Acredita-se que toda a ajuda que Ronaldo Caiado recebeu em sua carreira política de Onício Resende e de seus amigos como Lourenção e muitos simpatizantes da UDR, que ajudou a fazer dele um nome nacional, hoje pesam a favor desta rodovia que carrega justamente o nome do ex-prefeito.
Mas, ainda há uma reserva de força para garantir a eliminação deste gargalo de 30 km que impede a liberação de um corredor de 260 km, de Indiara a São Simão, para a integração dos vários municípios a serem beneficiados - a união e participação de todos.
A empresa projetista solicitou um prazo de 100 dias para entregar o projeto. Sem ele não é possível a GOINFRA fazer a licitação. Feitas as contas, o deputado José Mário prevê máquinas trabalhando no trecho em maio de 2022.
Por Ângelo Rosa Ribeiro, natural de Quirinópolis-GO, foi professor da EV-UFG, deputado estadual por 2 mandatos, secretário estadual de agricultura por 2 vezes, secretário estadual de planejamento, diretor de credito agroindustrial do BEG, presidente do PMDB de Quirinópolis, presidente do PSDB de Quirinópolis por 2 mandatos, superintendente da SEMARH-GO, chefe de gabinete da PGE-GO, hoje produtor rural residente em Quirinópolis-GO.
Assinatura do Contrato do Projeto GO-319
Da esquerda para a direita,
Deputado federal José Máro Schreiner, Prefeito Ânderson de Paula, Vereador Denilson Tocozinho e Ex-deputado Ângelo Rosa Ribeitro.
Momento da assinatura do contrato firmado para o novo projeto executivo da GO-319, trecho Tocozinho até Castelândia, com recursos de produtores rurais e empresários. em apoio à conclusão do da obra citada
Em 27 de novembro de 2021
Por Ângelo Rosa Ribeiro, residente e produtor rural de Qurinópolis
domingo, 21 de novembro de 2021
PLACA DE RECONHECIMENTO
PELA CONCLUSÃO G0-319 PROJETO
EXECUTIVO REALIZADO COM RECURSOS DOS PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DA
REGIÃO EM APOIO AO ASFALTAMENTO DA RODOVIA ONÍCIO RESENDE TOCOZINHO CASTELÂNDIA VALOR DA
DOAÇÃO R$ 700.000,00 |
terça-feira, 9 de novembro de 2021
Fakes news- invenção sem futuro
As chamadas fake news - notícias mentirosas ou falsas - que tanto sucesso faz está com sua fase áurea esgotada.
O mundo não estava preparado para o maravilhoso espaço de expressão e de liberdade com as redes sociais. Mas, o aprendizado será rápido, pois a ferramenta encontra-se nas mãos da juventude, que quer a verdade, o conhecimento para fundamentar o seu futuro. As boas informações são úteis, benéficas, naturalmente serão valorizadas e prevalecerão.
Os negacionistas patrocinadores de fake news, tem propósitos escusos ou inúteis. São obscurantistas que serão afastados pela sociedade, porque representam o atraso.
A humanidade seguirá seu caminho de evolução cultural, ética, moral e do conhecimento verdadeiro.
A mentira é a negação da verdade. É um mal. Veremos que o mal nunca vencerá o bem.
José Quirino da Silveira - um homem que deu muita força a Quirinópolis
segunda-feira, 8 de novembro de 2021
GO-319 - o passo a passo, a história
Foto do Grupo Projeto GO-319
Nos tempos da Capelinha
Desde o tempo em que Quirinópolis ainda era Capelinha, os pioneiros, como o próprio João Crisóstomo de Oliveira, ou viajores por diversos fins que vinham e voltavam de Minas Gerais ou do Sudeste do Brasil, tinham que passar pelo porto de Santa Rita do Paranaíba, hoje Itumbiara, chegar ao rio dos Bois, atravessá-lo pelas três pontes (2 km de Castelândia) e, em seguida, derivar-se pelo interior das Sete Lagoas.
O objetivo era alinhar estradas carreiras e trilhas de boiadas para alcançar o vau dos Cassimiras, no rio São Francisco, ou outro à jusante, até chegar a Capelinha. Foi por este caminho aí que chegou o primeiro veículo motorizado a Quirinópolis, em 1927.
Reconhecendo o perigos da travessia por vaus e as dificuldades de todos, o senhor José Salomão L da Silva, em 1928, prontificou-se a doar aa aroeiras e foi atrás de doações dos fazendeiros da região para construir a primeira ponte sobre o rio - a ponte da cachoeira do São Francisco.
Foi assim que se consolidou o histórico e o atual traçado da GO-319.
Reconhecimento ao ex-prefeito João Hércules e ao senhor Francisco Rosa Ribeiro - Chico Preto.
Ao se candidatar a prefeito o senhor João Hércules chamou seu amigo Chico Preto e lhe pediu: Chico, você que é o nosso líder que conhece o povo da Sete Lagoas. Preciso que vá de casa em casa e tome conta de minha campanha. Ao que Chico disse: o principal problema aqui é abrir uma estrada pelo meio da mata, do Tocozinho até o córrego Grande e melhorar o trecho para a Castelândia. Posso prometer isso em seu nome?
O candidato respondeu: pegue aqui na minha mão Chico, vamos ganhar a eleição e fazer a estrada. Com esta palavra recebida, o senhor Chico foi primeiro buscar a anuência de seu padrinho Benedito Rosa de Morais, dono das matas que seriam cortadas pela estrada, sem ônus, senão o do benefício de todos.
Veio a eleição, João Hércules se elegeu e no quarto mês de sua gestão chamou o Chico Preto e disse: contrate um agrimensor - Dr Allan Fonseca - traga o projeto que eu vou te entregar um trator de esteiras e um tratorista, o Natão. Você dê toda a assistência a ele e a um auxiliar dele, até abrir a estrada.
O Chico nem reclamou das despesas que viriam. Tratou de comprar uma camionete para dar o apoio solicitado.
Foram 90 dias de trabalho intenso, mas rasgou-se a mata, em linha reta de 12 metros de largura e 15 km de extensão. Ação contínua, o prefeito João Hercules mandou patrolar e abrira pista com largura de 8 metros. Para concluir, ampliou e melhorou o trecho aqs imediações da Castelândia.
Mais história da GO-319
Passaram-se alguns anos, o leito amplo de estrada foi se encapoeirando. O então prefeito Onicio Resende reabriu a estrada, recuperou suas dimensões originais, com pista ampla e fez melhoramentos até Castelândia. O deputado Odair Resende, em projeto de lei de sua autoria denominou de Onicio Resende a este trecho, agora como GO-319.
Em 1997, o governador Naphtaly Alves convidou o ex-deputado Ângelo Rosa Ribeiro para o cargo de secretário de agricultura. O convidado, ao aceitar o cargo, pediu o asfaltamento do trecho Quirinópolis até o Rio São Francisco. Em seguida, o ex-deputado assumiu a secretária de planejamento e participou da alocação de recursos da venda de Cachoeira Dourada para o asfaltamento dos primeiros 5 km, até o referido rio.
Por fim, em sua campanha à governador, Alcides Rodrigues fez o compromisso público de asfaltar até Castelândia, mas só conseguiu chegar até ao Tocozinho.
Expectativa atual
O que há de diferente no momento é que há reconhecimento geral de que é preciso resolver o gargalo existente. No lugar de poucas lideranças políticas lutando, envolveu-se agora os próprios produtores e empresários, que estão de forma espontânea, idealista e elogiável, custeando um novo projeto, diga-se, de alto custo, que a rigor seria uma obrigação do governo estadual.
Agora, a esperança é que as ações políticas do deputado José Mário Schreiner, do prefeito Anderson De Paula, somados ao crédito financeiro antecipado dado pelos próprios contribuintes para o projeto que será doado a GOINFRA, convençam o governador Ronaldo Caiado a dar fim neste antigo imbróglio e liberar de vez esta importante rodovia, que permitirá sair de Indiara á São Simão e vice-versa, com todos os benefícios sociais, econômicos e culturais da integração que ela propiciará.
Por Ângelo Rosa Ribeiro, natural de Quirinópolis-GO, foi professor da EV-UFG, deputado estadual por 2 mandatos, secretário estadual de agricultura por 2 vezes, secretário estadual de planejamento, diretor de credito agroindustrial do BEG, presidente do PMDB de Quirinópolis, presidente do PSDB de Quirinópolis por 2 mandatos, superintendente da SEMARH-GO, chefe de gabinete da PGE-GO, hoje produtor rural residente em Quirinópolis-GO.
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quinta-feira, 4 de novembro de 2021
Revista Galileu: Por que reduzir emissões de metano não basta contra o aquecimento global
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2021/11/por-que-reduzir-emissoes-de-metano-nao-basta-contra-o-aquecimento-global.html
Pesquisadora na Universidade de Oxford destrincha a razão pela qual não se deve abandonar os esforços para controlar as emissões de CO2 — cujos danos ao clima duram muito mais tempo
O metano é um gás de efeito estufa que causa cerca de 0,5 °C de aquecimento global, de acordo com a última avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Cada molécula adicionada à atmosfera é cerca de 26 vezes mais potente no aquecimento do que uma molécula de CO₂ [dióxido de carbono], mas só permanece na atmosfera por cerca de uma década.
O metano vaza de poços de petróleo e gás, aterros sanitários e é expelido pelo gado. Os países signatários do acordo abrangem dois terços da economia global e metade dos 30 maiores emissores de metano, incluindo o Brasil. China, Índia e Rússia, no entanto, não assinaram até o momento em que escrevo.
Tenho trabalhado e falado publicamente sobre as emissões de metano e seus efeitos no clima por cerca de uma década. Durante esse tempo, os níveis de metano na atmosfera aumentaram rapidamente, causando mais aquecimento global. Então, embora eu ache que seria ótimo reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, algo está me incomodando.
Podemos não saber quanto deslocamento está acontecendo, mas sabemos que nos últimos 30 anos, desde a Cúpula da Terra no Rio, o mundo não conseguiu reduzir as emissões de CO₂. E então, como ficou tarde demais para efetivamente ter uma redução suave nessas emissões até zero, enquanto limitamos o aquecimento a bem abaixo de 2 °C, esperamos que talvez o metano vá salvar nosso bacon.
É a suspeita de que tanto barulho sobre cortes de metano será (deliberadamente ou não) uma boa notícia que obscureça o lento progresso nas emissões de CO₂. Você pode perguntar: isso é um problema? Nenhuma ação deve ser aplaudida? Sim e não. Sim, porque qualquer redução nas emissões de gases de efeito estufa é um progresso em direção às metas de temperatura do Acordo de Paris. Isso é inegável. Não, se isso deslocar o esforço do principal motor do aquecimento global — as emissões de CO₂ fóssil.
Como as reduções de metano podem ser muito mais eficazes do que as reduções de CO₂ quando o metano contribui menos para o aquecimento global do que esse gás? É porque o metano tem vida muito mais curta na atmosfera do que o CO₂ e, portanto, reduzir as emissões de metano na verdade diminui seus níveis na atmosfera em décadas.
sexta-feira, 15 de outubro de 2021
Rodovias asfaltadas de Quirinópolis - histórico
sábado, 2 de outubro de 2021
terça-feira, 28 de setembro de 2021
Gouvelândia - ascensão e queda do prefeito Júnior Macedo
Entre tantas histórias de administrações públicas, algumas chamam a atenção por terem desfechos inusitados, como a do exemplo que a seguir será comentado.
Por volta do ano 2000, assumia a prefeitura de Gouvelândia, o candidato Ademar Macedo dos Santos Júnior, com a logo ' Jr. Mais Cedo', com proposta de renovação da política local. Era jovem, não tinha a rejeição dos políticos mais velhos e agradou o povo, sempre defendendo mudanças para melhorar a vida das pessoas. De fato, era uma revelação na política local.
Foi fácil a tarefa de eleger o Macedo, mas a vitória que lhe concedeu poder, logo iria cobrar-lhe um alto preço.
Ele precisava primeiro voltar-se para comunidade que o elegeu, buscar pessoas com conhecimento das demandas e dos compromissos de campanha, que tivessem capacidade de gestão, credibilidade pública, qualificação técnica exigida, sensibilidade politica e idealismo para arrumar logo a casa e tocar a gestão, no momento em que a população estava disposta a esperar.
Mas, isso não aconteceu. Sem experiência, não se aprofundou na busca de gente capaz para nomear seu secretariado e constituir um conselho de administração experiente para ajudar no planejamento e tomada das principais decisões.
Com o tempo, os problemas foram se agravando. O seu plano de obras não se encaixava mais no seu orçamento. Para alguns, faltaram humildade e realismo. Para outros, um ar de vaidade e arrogância tomava conta do prefeito e de seus assessores. As más notícias começaram a se espalhar.
O prefeito buscou recursos no governo estadual e até em Brasília com apoio de seus deputados, mas os recursos não chegavam no tempo certo. Preocupado, com muitas obras em andamento, procurou a opinião de seu amigo, o ex-deputado Ângelo Rosa, que hoje pode dar seu testemunho.
Fiquei honrado pela consulta, afinal foi de minha autoria a iniciativa da emancipação de Gouvelândia. Depois de ouvi-lo, lembrei a ele que um prefeito deve sempre dar seus passos, conforme suas pernas, não fugindo dos limites do orçamento. Economizar no início para investir no fim. Não deixar os críticos sem adequada resposta e ser sempre transparente, criterioso, justo e honesto, não dando motivos para o povo desconfiar de sus ações. Manter bom relacionamento com os parceiros do poder legislativo, ministério público e judiciário, O resto é consequência do dia a dia, de seu aprendizado, performance e da sua liderança pessoal.
De forma pouco agradável, soube que tudo que não podia acontecer já tinha acontecido. Os agentes políticos experientes e idealistas que podiam ajudar, já o criticavam. Acabara a confiança e a colaboração espontânea da população.
Isolado, o prefeito só recebia pedidos dos mal intencionados e de aproveitadores. Foi aí que apareceram os advogados para evitar o agravamento das ações judiciais já em execução. O prefeito, na defensiva, teve que se afastar ainda mais do povo. No fim, acabou sendo afastado do cargo.
Como sempre acontece, fugiram dele os políticos que lhe ofereciam recursos e os amigos de oportunidades. Ficaram com ele a má fama, os advogados e os intermináveis processos na justiça
Nunca mais se viu falar do prefeito Júnior Macedo. Era um jovem sonhador, que parecia ter muito futuro. De fato, teve a oportunidade de ser prefeito e lutar pela sua querida cidade.
Seu insucesso muito nos ensinou. Seu sonho virou pesadelo, todavia, ainda hoje, a lição oferece subsídios válidos, como regras básicas e sempre atuais para quem quer fazer uma boa e harmoniosa gestão.
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
Terras - nem de graça
Antes da década de 50, ninguém dava um cavalo arreado, indispensável para a lida com o gado e a locomoção das pessoas, por um pedaço de terras que tinham pouca ou nenhum utilidade. Mas, nem todo mundo pensava assim.
Dois jovens passeavam com suas éguas ao estilo da época, quando foram surpreendidos por uma cutucada de um dono de terras, que ofereceu 8 alqueires de mata na beira do rio dos Bois, em troca dos dois animais que montavam. Ficaram muito animados, com a possibilidade de possuírem um pedaço de terra, mas pediram para falar com seus pais.
Ao contarem a oferta, ficaram decepcionados com a resposta do pai: para que querem mais terra? Não estamos dando conta da que já temos.
Naquele de matas densas os proprietários não possuíam máquinas, capital e nem mão-de-obra para desmatar, destocar, encoivarar, queimar, preparar para o plantio, semear, limpar cultivar e, ainda tinha o fator chuva, que ali quase sempre faltava. Se colhesse, dependia do comprador, que não vinha, e do preço que também nem sempre ajudava. Se desistisse no meio do caminho, a roça virava capoeira e mato de novo.
Mesmo assim, para os jovens que acreditavam no futuro, o pai não estava com a razão.
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
Quanto valia a terra? ( em rascunho)
Nascimento do Chico Preto - uma história real, com discriminação, ciúmes, medo e felicidade.
Conta-se que em 1914, um jovem, bem afeiçoado, bom peão, cantor e tocador de sanfona, criado em terras do coronel Jacinto Honório, e que era conhecido por Negão Meia Légua, tinha um casamento confirmado com uma viúva rica, proprietária de muitas terras, nas Sete Lagoas.
O jovem, porém, se dizia frustrado por ainda não possuir uma boa mula, com arreata no estilo da época para trabalhar e para ir nas festas, que ele gostava muito. Com a pulga na orelha, sua companheira ia temperando o assunto, alegando que não tinha dinheiro para esta compra e que seus irmãos eram contra vender o gado dela, que era pouco.
Não adiantou. A decisão do Negão de comprar a mula tinha sido tomada. Deu 20 alqueires da terra que nem era só da patroa, sem consultar a ninguém, por uma mula bem arreada e, de sobra, uma sanfona, que exigiu no negócio.
Aí deu uma baita confusão. A família se revoltou e não aceitou o negócio. A situação ficou ruim. Ninguém queria vender a terra, nem o comprador aceitava as tramas de volta. O Negão, então, além de desmoralizado, foi acusado de malandragem, de não ter juízo e considerado uma ameaça para a família. A união dos dois descabeçados estava desautorizada. Não tinha futuro.
Mas, o que ninguém sabia era que a companheira do Negão estava grávida e isso piorou muito as coisas. Então, depois de acalorados debates, os do contra decidiram que não aceitavam um filho do Negrão na família. Teriam que dar um fim na cria, antes do nascimento. Não podia vingar.
A mãe estava muito contrariada, estressada, mas queria o filho. Resistiu a ideia do aborto, mas temia pelo futuro do rebento no momento do parto. Na cabeça dela, iam sufocar o filho com um travesseiro. Desesperada, achava que isso ia acontecer.
Foi preciso que um amigo da família, que veio de longe, procurasse um padre que estava na região para o aconselhamento familiar. A turma da paz decidiu celebrar uma missa por ocasião do parto para proteger a criança que ia nascer.
A intriga continuou, aliás ficou pior, mas a criança escapou.
Era um menino negro. Sua mãe, Dona Josina, o batizou como Francisco. Virou Chico Preto. Foi bem criado, prosperou e se tornou o líder daquela família.
Neste caso perdeu-se um pedaço de terra, mas a troca compensou. Como diria o senhor Sebastião Ovídio Ribeiro, o Meia Légua: naquele tempo a terra não valia nada mesmo.
Terra pra que?
Antes da década de 40, ninguém dava um cavalo arreado, indispensável para a lida com o gado e a locomoção das pessoas, por terras que tinham pouca ou nenhum utilidade. Mas, nem todo mundo pensava assim.
Dois jovens passeavam com suas éguas, quando foram surpreendidos por uma oferta de um vizinho de seus pais, que ofereceu 8 alqueires de mata na beira do rio dos Bois, em troca dos dois animais. Ficaram muito animados, com a possibilidade de possuírem um pedaço de terras. Afinal eram apenas duas éguas, mas pediram para falar com o pai deles.
Ao contarem a oferta, ficaram decepcionados com a resposta do pai: para que querem mais terra? Não estamos dando conta da que já temos.
E não estavam mesmo, porque, naquela época, sem máquinas tinham que ter capital e mão-de-obra para desmatar, destocar, enfaixar, queimar, preparar para o plantio, cultivar e esperar a chuva, que ali sempre faltava e, por fim, enfrentar o preço que também nem sempre ajudava.
Na realidade, não era fácil. A vida do dono de terras foi sempre assim.
O pai estava com a razão?
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
Cessou o show e o encantamento em um rio de Quirinópolis - história
sábado, 28 de agosto de 2021
HUMBERTO XAVIER - POLÍTICO E LIDERANÇA DO BEM
Humberto Xavier nasceu em 29 de setembro de 1933, em Quirinópolis-GO. Era filho de Lázaro Xavier e Márcia Barbosa Xavier. Casou-se com Yvone Ferreira Rodrigues Xavier, com quem teve três filhos: Mônica, Mauro e Márcia. Foi professor estadual, servidor do fisco federal, prefeito do município (1970-1973), diretor administrativo da extinta Caixego e deputado estadual (1975-1987), por três mandatos consecutivos. Veio a falecer em 01 de maio de 2021, aos 87 anos, em Goiânia-GO, devido a complicações de um AVC. Seu corpo foi velado na sede da ALEGO, em Goiânia-GO, sob decreto de luto oficial, e em Quirinópolis, sua cidade natal.
Em 1969, Humberto Xavier foi lançado candidato a prefeito e protagonizou uma virada política histórica em Quirinópolis. O anúncio de sua decisão causou forte impacto no meio político tradicional. Ele não era visto como político, nem tinha filiação partidária. Era uma aposta na renovação. Ao ser eleito, colocou a termo um longo período de domínio político ininterrupto do PSD, sob a batuta do coronel Jacinto Honório e de seus companheiros .
Na disputa contra 5 concorrentes, Humberto teve o apoio simbólico do Movimento Revolucionário de 64, de quem recebeu o comando da Arena 2, sublegenda do partido criado para dar sustentação ao governo militar, que comandava o pais.
Como prefeito investiu sobretudo em educação, com bom atendimento a zona rural, onde construiu diversas escolas. Priorizou também a infraestrutura com destaque para o saneamento básico e o setor de transportes. Dada aos suas valores pessoais. morais, éticos e sua visão diferenciada de gestão, consolidou a imagem de um administrador dinâmico, honrado e eficiente. O seu governo, apesar de breve, foi bem avaliado pala população.
A sua passagem pela prefeitura sedimentou sua eleição para deputado estadual, com o que conquistou a condição de primeiro representante de Quirinópolis na Assembleia Legislativa de Goiás.
No plano estadual, sua atuação rendeu diversos benefícios para o município e região. Graças ao seu trabalho parlamentar, em sintonia com o ex-prefeito Onício Resende, foi possível viabilizar a obra do asfaltamento do trecho de Quirinópolis à Lagoa do Bauzinho - a primeira ligação para Goiânia. Graças ao seu trabalho, um armazém, de grande tonelagem, foi construído pela Casego. Foram instalados durante seus mandatos o Colégio Independência, o Colégio Dr Onério e a Agência Rural, onde hoje funciona a Agrodefesa.
Humberto atuou como agente político e gestor sem deixar dúvidas quanto a sua honestidade. Muito experiente e conciliador, tornou-se uma espécie de professor e conselheiro político para seus pares a amigos.
O passamento de Humberto Xavier tem o significado da perda de um grande líder do bem, cujo idealismo, obras e feitos se constituem em exemplos a serem seguidos, sobretudo, sob o contexto das novas exigências populares por ética, moralidade na prática política, capacidade de gestão, respeito ao bem público e, principalmente, respeito ao cidadão.
Ângelo Rosa Ribeiro nasceu em Quirinópolis, foi professor da EV- UFG, deputado estadual (2x), secretário de agricultura de Goiás (2x), secretário de planejamento de Goiás, assessor técnico da SEGPLAN GO, superintendente da SEMARH GO, chefe de gabinete da PGE-GO. Hoje è e produtor rural em Quirinópolis-GO.