Existem pelo menos duas formas de se ver a política e os políticos: Entre os políticos existem os chamados idealistas para os quais a polítca deve ser movida, tanto nos seus propósitos como nos seus métodos, por princípios éticos.
Para os denominados realistas, a política pode ser reduzida ao mero jogo de forças e interesses. Neste caso, o sucesso eleitoral teria a ver com quem dsipõe de mais recursos e que consegue aglutinar mais o interesse das pessoas.
O assunto que traremos a seguir, tem um caraáter geral, por nao se tratar de casos isolados ou especificos.
Em todos os lugares existem políticos do bem, talentosos, honestos e transparentes. Entretanto, a maioria dos políticos podem ser classificados com autoritários, espertos, truculentos, fisiológicos, interesseiros, despreparados e outras categorias com os piores atributos. Por ironia da política, estas maléficas personagens podem ser competitivas eleitoralmente. Não é por acaso, o atual descrédito da classe política como um todo.
É difícil para o eleitor do bem exercer sua cidadania.
Vaja as categorias mais prevalentes e os seus procedimentos:
Os políticos idealistas, quase sempre são visionários e sonhadores. Possuem ideias e grande energia para divulgá-las. Estes comungam suas ideias com sua alma, com a necessidade do povo e com a fé em o Altíssimo Criador para cumprir sua missão.
O idealista tem um grande poder de convencimento, porque fala a verdade, é transparente, honesto e tem uma expressão corporal e um brilho nos olhos que o torna facilmente reconhecido. Com seu valor e talento, consegue o que é do desejo de seus seguidores ou representados.
A força dos idealistas está na sintonia com seus seguidores para vencer os poderosos e endinheirados nas disputas pelo poder. Muitos deles se apaixonam pelos seus ideais a ponto de abrir mão de seus bens. Assim, acabam pobres, ao se dedicarem a uma missão que se assemelha a de um sacerdote, ou seja, servir sempre, ser fiel à causa maior, que é a do povo.
Consta que os idealistas podem ter dificuldades de reeleição para o executivo, porque são muito confiante nos seus propósitos e avessos ao realismo político.
Por outro lado, o político tido como realista interesseiro é esperto, no pior sentido, quase sempre muito articulado, mas vê-se logo que é dissumulado, tapeador, personalista, egoísta ou tudo isso ao mesmo tempo.
O político interesseiro tem facilidade para criar o grupo ou a galera dos seus fanáticos, ao apropriar-se de bandeiras como cores partidárias, pertencimento à alguma comunidade ou nação, a tradição da família ou da militância partidária e, até mesmo, da falsa mistica de determinados chefes poderosos e endeusados.
Normalmente, o interesseiro é hábil, sabe esconder suas reais intençôes, que quase sempre não são as do público que representa. Consegue esconder bem os seus propósitos escusos e engana os seguidores com falsas promessas e pequenos benefícios para preservar sua imagem de bom para manter seu projeto de poder.
O político interesseiro ou esperto é frio e sabe esperar a hora para atacar, quase sempre às escondidas, de forma ilícita, imoral ou criminosa. Não é cobrado pelo sua esposa e filhos porque já os preparam na teoria de sempre levar vantagens.
O interesseiro ou esperto é adepto a "Lei do Gerson", levar vantagem em tudo, foi preparado nesta escola. Aproveita tudo que puder na sua lógica de servir a si próprio e ao seus aprochegados.
Muitas vezes, para facilitar seus procedimentos espúrios, seleciona um pequeno grupo da sua estrita confiança para as ilicitudes. O interesseiro e o seu grupo fazem um pacto, como uma quadrilha, e acabam ricos às custas dos recursos públicos.
Para se manterem no poder, este líderes do mal são contemplados pelos benefícios do instituto da reeleição. Planeja tudo, para obtê-la. Faz todas as maldades no início do mandato e aciona o circo e o trem da alegria do meio para o fim.
Os militantes fazem grande esforço para manter a liderança de chefes poderosos, autoritários ou mafiosos. Participam das jogadas e da manipulação das campanhas eleitorais para retornarem ao poder. Para isso, os candidatos investem recursos do poder público que administram ou dos que outrora desviaram dele para conseguirem o retorno de todos.
Alguns lideres conseguem provar que fazem obras, quase sempre toscas e de má qualidade, baratas, para alimentar o fanatismo de seu público.. São os políticos da classe dos que "rouba mais faz". Estes são os mais ricos e que mais maltratam os cidadãos. Roubam os recursos da saúde, segurança, educação, seu salário, sua qualidade de vida.
As redes sociais pegaram de surpresa muitos políticos do mal. Mas, eles evoluem, mudam regras, conseguem se esconder em disfarces.
As mazelas da política nunca acabarão, mas o eleitor do bem precisa estar atento para combatê-las, ao não deixar ser enganado pelos velhos lobos ou mesmos pelos lobinhos que se vestem de cordeiros nas campanhas eleitorais.
Por Ângelo Rosa Ribeiro, quirinopolino, ficha limpa, ex-presidente do PMDB local (2x), ex-presidente do PSDB local (4X), ex-deputado estadual, (2x), ex-secretário de agricultura (2x), ex-secretário de planejamento, superintendente de gestão da SEMARH-GO, hoje aposentado, produtor rural e residente em Quirinópolis.