domingo, 30 de julho de 2023

Quirinóplis presta homenagem ao trabalhador nordestino e seus descendentes





    No início, predominava os campos, cerrados, matas e a vida silvestre nesta terra, onde hoje se desenvolve Quirinópolis.

 Na região das Sete Lagoas, forte propulsora do desenvolvimneto municipal, impunham-se os cerradões e as mata fechadas.

   Em meados do século XIX, até o início do XX, chegaram os  pioneiros e se tornaram posseiros e  proprietários das  terras, mas não tinham  como produzir. Viveram anos e anos da  agricultura de subsistência, em estagnação ou como fazendeiros pobres.

   Aos poucos, com a viabilização de algumas infraestruturas, sobretudo estradas e  mercado para absorver o que se podia produzir,  os possuidores de terras que  dispunham de capital foram à luta, especilamnete na região citada, onde o progresso so se realizaria com aporte de mão de obra.
     
     Para os serviços pesados buscaram os braços fortes e a coragem dos nordestinos: desmatar à machados, arrancar os tocos com enxadões, enleirar os galhos,  limpar a terra para o plantio, colher com as maõs ou com rudes ferramentas era a missão.

    Vivia-se os anos 60 e 70 do século passado. Aos poucos, os  nordestinos foram chegando, às centenas ou milhares, como mão de obra barata,  para toda região.  

   Houveram atritos e desentendimentos, sobretudo pelo choque cultural, com mortes de heróis naordestinos e de alguns do lugar. 

   Dá-se assim a transformação da paisagem rural. No início, com a produção de arroz para a formação de pastagens. Em pouco tempo, Quirinópolis abria clarões onde se produzia arroz, milho, leite, boiadas. 

    A agricultura cresceu e se modernizou, com uso da mecanização,  insumos modernos, mas ainda assim com a necessidade dos nordestinos que eram trazidos de sua terra natal  em paus de araras para dar sua imprescindível contribuição. 

   Agora, em outros tempos, tudo se faz de forma rápida, com renovada energia e muita tecnologia. Quirinópolis produz para o consumo interno e para exportar  grandes excedentes, seja das suas plataformas industriais sucroalccoleiras, da  grande produção de canaviais,  grãos. bovinos e seus subpridutos e de outras riquezas.

    É facil constatar que como se fez o capital, que atraiu mais capital, que fez surgir investimentos produtivos, oportunidades diversas, muitos empregos e a saudável  pacificação social.  

Hoje, a família nordestina encontra-se integrada à comunidade local.  Sua contribuição para o desenvolvimento de Quirinópolis não é menor.

   A influência nordestino se faz  presente na expressão  cultural da gente quirinopolina.  Diga-se, do gosto  pelos forrós, pelas festas do São João, comida e bebida apreciadas, do sotaque e do jeito espontâneo de falar. 

    A inicativa de se homenagear o nordestino e seus decendentes, com o protagonismo do poder público municiapal e das instituições parceiras  é por demais meritória e justa. Pode se tornar uma tradição entre nós, ao se consolidar com as manifestações  daquela rica cultura.

   O Festival Nordestino de 2023 foi um grande acontecimento e uma oportunidade impar para se conhecer a cultura,  a saga e a valia da contribuição nordestina para o desenvolvimento de Quirinópolis
  
    Por Angelo R Ribeiro, quirinopolino, ex-secretário estadual nos governos de Henrique Santillo e Naphtaly Alves.
                                               

domingo, 23 de julho de 2023

O Brasil sobrevive, com sequelas da pandemia

 


   No mundo todo, a pandemia fez vítimas  fatais.  No Brasil, foram cerca de 700 mil.  Na época,  os brasileiros se dividiram, quanto a condução da economia, da saúde, do social, da política e até mesmo da nação.

   No fim,  diante do desentendimento, sobrou grave crise.  Depois vieram as eleições,  com  gastos desnecessários,  emendas  parlamentares sem critérios,  transferências inconsistentes em programas sociais,  perdas de receitas e outros desatinos,  que levou a forte déficit orçamentário,  agravado em negociações para a transição do novo governo.

   O Banco Cenrtral, com a intenção de controlar a inflação, pesou na taxa de juros,  freiando a atividade econômica. Com juros altos, o comércio perdeu fôlego e os investimentos na geração de empregos e renda desapareceram.

   Para piorar, veio a crise do agronegócio. Os bons preços de outrora  levaram os produtores a comprarem insumos a preços exagerados.   Sob um ano de chuvas regulares, houve  grande safra, tanto na agricultura como na pecuária,  o que fez os preços despencarem no mercado. Não vieram os dólares como  o Brasil esperava.   A arrecadação de ICMS e outros tributos ficou comprometida. A crise se instalou.

   O investidor, desconfiado do novo governo,  deixou de aplicar na atividade produtiva e foi para a especulação financeira, com a garantia do BC,  que remunera ao máximo o capital ocioso.

   O governo federal, mais do que nunca,  precisa que a  poupança seja direcionada para  investimentos geradores de emprego e renda. A transferência de recursos públicos, via programas sociais,  precisa ser acompanhada de geração de empregos e oportunidades.

   Será preciso que todos compreendam  que temos um novo governo eleito. Se o atual presidente possui defeitos éticos e morais, caberá às intstituiuções, acionadas pela  a oposição eleita, diante de indícios concretos, apurar os fatos. A sociedade exigirá a investigação  e deverá apoiar a destituição do mesmo. A briga ideológica é contraproducente, tola e não ajuda o Brasil.

     O mundo não pode prescindir deste país para produzir comida, apoiar o osforço de salvação do planeta, bem como, para garantir a paz e cuidar da humanidade. Para tanto, o objetivo é aproveitar as vantagens  comparativas, desenvolver-se  e gerar boas oportunidades para os brasileiros.  O Brasil unido poderá se valer do momento para se tornar um grande líder mundial.

            Por Angelo Rosa Ribeiro, quirinopolino, ex-professor da UFG, ex-deputado estadual e  ex-secretário estadual das pastas de agriocultura e do planejamento..

domingo, 16 de julho de 2023

Pela instalação do Refúgio de Vida Silvestre da Serra da Fortaleza







Unidade de Conservação (UC), ICMS Ecológico e fortalecimento da SEMMA

         O governo Marconi Perillo,  visando o  desenvolvimento com sustentabilidade ambiental  criou o ICMS Ecológico.  

        O prefeito Odair Resende incumbiu o seu superintendente da SEMMA, Sílvio Ricardo Carvalho, que em companhia do biólogo Vinícius Leal de Paula e de Ronivon Ferreira dirigiram-se a Goânia em busca de recursos.

         Esse pedido levou-nos a visitar a  Secretaria Estadual de Cidades e Meio Ambiente - SECIMA, onde juntos priorizamos a tramitação do processo de criação da UC "Refúgio de Vida Silvestre Serra da Fortaleza", que resultava  da interação da Prefeitura Municipal, através da SEMMA,  do Ministério Público, UEG, entidades ambientalistas e a comunidade em geral, objetivando proteger a vida vegetal e animal da região, isto é,  a biodiversidade do bioma Cerrado, contribuir para a pesquisa, educação ambiental e para a manutenção do ambiente natural, tão importante, como garantia de uma melhor qualidade de vida para todos.

      A criação da UC era  o principal requisito para a inclusão do município de Quirinópolis no programa ICMS Ecológico, que garantiria incentivo fiscal pela conquista de avanços ambientais.

       Com a inclusão, o município se habilitava para a busca de receitas, através da fiscalização e da compensação ambiental para o Fundo Municipal de Meio Ambiente, constituído para alavancar a prestação de serviços ambientais no município.

         Dado ao esforço da equipe local da SEMMA, o município está prestes a se incluir entre os que recebem incentivos fiscais para se organizar e se desenvolver de forma ambientalmente sustentável.


Prefeito Odair quer agilidade na vistoria da SECIMA para a construção do aterro para resíduos sólidos

       Para se ter uma cidade cada vez mais limpa e organizada, o prefeito Odair Resende solicitou-nos visitar a chefe de Núcleo do Licenciamento Ambiental, advogada Gabriela de Val Borges, a quem deixamos a solicitação de agilidade para a vistoria da área reservada pela prefeitura para a construção do aterro de inertes, cujo pedido de licenciamento prévio tinha sido protocolizado em março de 2015, para atender a uma demanda urgente do município de Quirinópolis, tendo em vista a prioridade de se melhorar o manejo de resíduos sólidos em resposta às exigências da comunidade quirinopolina e aos ditames da legislação ambiental.


                     Por Ãngelo Rosa Ribeiro, qurinopolino e  ex-superintendente da SECIMA -GO.      

terça-feira, 11 de julho de 2023

Zé Pantola - emancipou e fortaleceu Gouvelândia

                                      
                 Por Ângelo Rosa Ribeiro

  Reconhecimento ao grande benfeitor, que nasceu em Monte Alegre de Minas-MG em 07/11/1930 e veio a falecer em 10/07/2023, aos 92 anos

            Quem se lembra da Gouvelândia, antes do Zé Pantola?

      Surgiu do agrupamneto do  povoado de Setinópolis com a população deslocada do  Porto do Gouveinha,  ao se criar a represa de São Simão.  Gouvelândia que se tornara um distrito, tinha um futuro incerto.

       José Gervásio Mamede era uma liderança política de miuito prestígio em Quirinópolis, onde ombreava com alguns poucos companheiros os grandes desafios do PMDB. 

     Tornou-se conhecido em todo o Estado ao promover em sua fazenda, nas proximidades do Tocozinho, hoje Denislópolis, grande evento, em que o ex-prefeito de Goiânia, Iris Resende  Machado,  cassado pela ditadura militar,   foi apresentado como candidato a govenador de Goiás.

       Ao resolver mudar-se para Gouvelândia, Zé Pantola contou com o apoio do ex-prefeito Sodino Vieira para cuidadr do  distrito. No entanto, a população local, agora sonhava com a emancipação, idéia  que foi embalada por ele, seus companheiros e pelo ex-deputado Ângelo Rosa Ribeiro, que viabilizou a aprovação do projeto na Assembleia Legislativa. A emancipação foi concretizada por decreto do governador Henrique Santillo, como uma homenagem a luta do seu amigo José Pantola.

     Assim, o fazendeiro tornou-se o principal líder de Gouvelândia. Veio as eleções e se tornou prefeito. Viabilizou recursos para a construção de um graneleleiro metálico - 25 ton, para estruturar a prefeitura e  realizar muitas obras, como asfalto urbano, hospital municipal, ginásio de esportes, agência bancária,  escritório da saneago, distribuição de água potável,  instalação da agenfa, praças e logradouros públicos, recuperação de estradas rurais entre  outros benefícios.

      Todavia, sua principal obra foi no campo social, onde se tornou um verdadeiro pai dos carentes. Raealizava mutirões nas praças para distribuir alimentos diversos, incluindo carne e leite in natura ou comida já pronta para o povo se servir,  quando não ia às periferias para distribuir comida e acudir a popualção em suas necessidades. 

      Muitas ações solidárias que realizava eram feitas com recursos públicos, mas, muitas vezes, com uso de recursos próprios ou de doações. Inconformada, com o que considerava abuso de poder, a oposição protestava. Algumas vezes, com ações na Camara Municipal e com processos na justiça. Estes desafios foram bloqueando suas ações e corroendo seu patrimônio particular.  Mas, enquanto foi capaz, recebeu  em sua casa gente simples e amigos para consumir comida farta e substanciosa que disponibilizava a todos a qualquer hora do dia. 

      José Pantola se coloca entre aqueles que deram tudo de si pela sua comunidade. Era rico, ficou pobre. Enquanto viveu, foi sinônimo de progresso, solidariedade, trabalho e muita alegria para os gouvelandenses.

      Com o seu falecimento, aos 92 anos desaparece um líder de grande valor, de tantos serviços prestados  à comunidade que tanto amava, mas fica sua história  a ser aproveitada, por aqueles que sonham com uma Gouvelândia desenvolvida, bem cuidada, generosa e de um povo feliz.

Manifestação do prefeito  Fausto Caiado Barbosa.

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de José Gervásio Mamede, o Zé Pantola. Seu legado na administração municipal está marcado para sempre na história de Gouvelândia. Ele foi um grande gestor que esteve à frente de importantes obras que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da nossa amada cidade. Nossas condolências a todos os familiares e amigos.

                Que o nosso eterno Zé Pantola descanse em paz.

      
        Do ex-governador Marconi Perillo:

“Um dos mais importantes líderes da história, não só de Gouvelândia, mas de toda a região. Foi um ícone para emancipação, para o começo desta cidade. E eu acompanhei de perto, em 1988, na primeira eleição, ajudando na campanha dele. Eu sempre nutri por ele muito carinho, muita admiração, e quero transmitir a família dele a minha solidariedade, o meu abraço, pedindo a Deus que conforte a todos. Ele certamente já está nos braços do Pai e, acho que todos temos a convicção de que ele cumpriu muito bem o papel dele aqui na terra. Foi um grande líder que orgulhou a todos”, comentou Marconi Perillo, que também lembrou da época em que foi presidente do PMDB Jovem, no governo Santillo, ocasião em que recebeu bastante apoio de “Zé Pantola”, onde também desenvolveram uma relação de muita confiança e de muito respeito.