No início, predominava os campos, cerrados, matas e a vida silvestre nesta terra, onde hoje se desenvolve Quirinópolis.
Na região das Sete Lagoas, forte propulsora do desenvolvimneto municipal, impunham-se os cerradões e as mata fechadas.
Em meados do século XIX, até o início do XX, chegaram os pioneiros e se tornaram posseiros e proprietários das terras, mas não tinham como produzir. Viveram anos e anos da agricultura de subsistência, em estagnação ou como fazendeiros pobres.
Aos poucos, com a viabilização de algumas infraestruturas, sobretudo estradas e mercado para absorver o que se podia produzir, os possuidores de terras que dispunham de capital foram à luta, especilamnete na região citada, onde o progresso so se realizaria com aporte de mão de obra.
Para os serviços pesados buscaram os braços fortes e a coragem dos nordestinos: desmatar à machados, arrancar os tocos com enxadões, enleirar os galhos, limpar a terra para o plantio, colher com as maõs ou com rudes ferramentas era a missão.
Vivia-se os anos 60 e 70 do século passado. Aos poucos, os nordestinos foram chegando, às centenas ou milhares, como mão de obra barata, para toda região.
Houveram atritos e desentendimentos, sobretudo pelo choque cultural, com mortes de heróis naordestinos e de alguns do lugar.
Dá-se assim a transformação da paisagem rural. No início, com a produção de arroz para a formação de pastagens. Em pouco tempo, Quirinópolis abria clarões onde se produzia arroz, milho, leite, boiadas.
A agricultura cresceu e se modernizou, com uso da mecanização, insumos modernos, mas ainda assim com a necessidade dos nordestinos que eram trazidos de sua terra natal em paus de araras para dar sua imprescindível contribuição.
Agora, em outros tempos, tudo se faz de forma rápida, com renovada energia e muita tecnologia. Quirinópolis produz para o consumo interno e para exportar grandes excedentes, seja das suas plataformas industriais sucroalccoleiras, da grande produção de canaviais, grãos. bovinos e seus subpridutos e de outras riquezas.
É facil constatar que como se fez o capital, que atraiu mais capital, que fez surgir investimentos produtivos, oportunidades diversas, muitos empregos e a saudável pacificação social.
Hoje, a família nordestina encontra-se integrada à comunidade local. Sua contribuição para o desenvolvimento de Quirinópolis não é menor.
A influência nordestino se faz presente na expressão cultural da gente quirinopolina. Diga-se, do gosto pelos forrós, pelas festas do São João, comida e bebida apreciadas, do sotaque e do jeito espontâneo de falar.
A inicativa de se homenagear o nordestino e seus decendentes, com o protagonismo do poder público municiapal e das instituições parceiras é por demais meritória e justa. Pode se tornar uma tradição entre nós, ao se consolidar com as manifestações daquela rica cultura.
O Festival Nordestino de 2023 foi um grande acontecimento e uma oportunidade impar para se conhecer a cultura, a saga e a valia da contribuição nordestina para o desenvolvimento de Quirinópolis
Por Angelo R Ribeiro, quirinopolino, ex-secretário estadual nos governos de Henrique Santillo e Naphtaly Alves.
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