Antes da década de 50, ninguém dava um cavalo arreado, indispensável para a lida com o gado e a locomoção das pessoas, por um pedaço de terras que tinham pouca ou nenhum utilidade. Mas, nem todo mundo pensava assim.
Dois jovens passeavam com suas éguas ao estilo da época, quando foram surpreendidos por uma cutucada de um dono de terras, que ofereceu 8 alqueires de mata na beira do rio dos Bois, em troca dos dois animais que montavam. Ficaram muito animados, com a possibilidade de possuírem um pedaço de terra, mas pediram para falar com seus pais.
Ao contarem a oferta, ficaram decepcionados com a resposta do pai: para que querem mais terra? Não estamos dando conta da que já temos.
Naquele de matas densas os proprietários não possuíam máquinas, capital e nem mão-de-obra para desmatar, destocar, encoivarar, queimar, preparar para o plantio, semear, limpar cultivar e, ainda tinha o fator chuva, que ali quase sempre faltava. Se colhesse, dependia do comprador, que não vinha, e do preço que também nem sempre ajudava. Se desistisse no meio do caminho, a roça virava capoeira e mato de novo.
Mesmo assim, para os jovens que acreditavam no futuro, o pai não estava com a razão.
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