domingo, 30 de novembro de 2014

Lajimeira ou Lagimeira - a pinga do Chico Corrêa, de Quirinópolis



       Lá pelos tempos da Capelinha, denominação dada a fase primordial da cidade, que perdurou por décadas,  um produto do povoado alcançava a  fama por toda a região. Em Goiás, era procurada principalmente por  comerciantes, políticos,  servidores públicos e  visitantes, que aqui a experimentava.

     Era a pinga Lajimeira, uma bebida fabricada por alambiques do senhor Francisco Corrêa Neves, o Chico Corrêa, um pioneiro de Quirinópolis, na região da Bruaca, em tonéis de carvalho ou de bálsamo e com algum segredo, que ninguém foi capaz de descobrir, pois não se viu outro produto, com aquela qualidade. Diz-se que ela teria sido levada até para a Alemanha, onde conquistou muitos apreciadores.

         Quando estudava na capital goiana, pude verificar que o nome de Quirinópolis era lembrado por aquela caninha. Muitos me perguntavam se eu era da terra da Lajimeira. Surpreendentemente, ela era muito conhecida por lá.

       Havia muita procura por aquele produto que desapareceu de forma inexplicável. Os apreciadores queriam saber se alguém ainda possuía algum litro ou garrafa. Era coisa de muito valor. 

     Até pouco tempo, era possível ver no mercado alguns exemplares supostamente deste precioso líquido. Mas, não tinham a mesma qualidade. Tratava-se de falsificação, por parte de aproveitadores, que queriam levar alguma vantagem devido a fama do produto antigo.

        Essa história é pouco conhecida dos mais jovens, mas deve ser divulgada para conhecimento de todos, que uma famosa caninha produzida nesta terra, com a marca  Lajimeira, fez tanto sucesso, com uma demanda inusitada e foi um referencial da capacidade de nossa gente em produzir coisa boa.

                Angelo Rosa Ribeiro, 71, quirinopolino, ex-deputado, ex-secretário estadual de agricultura, ex-secretário estadual de planejamento e coordenação.

             

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