domingo, 28 de abril de 2013

Morre ex-vereador Francisco Rosa, de Quirinópolis






AGRADECIMENTOS

                Agradecemos a todas as manifestações de solidariedade dos amigos pelo passamento do querido pai e chefe da família, o senhor Francisco Rosa Ribeiro, o Seu Chico Preto, como era mais conhecido, ocorrido em 26/04/2013, em Goiânia -GO.
   Dele guardamos as lembranças de sua alegria, de seu sorriso espontâneo, de sua índole pacífica, de seu jeito de respeitar a todos, valorizar as pessoas, ajudar aos que dele necessitavam, colaborando para que houvesse sempre paz e harmonia entre seus amigos e suas famílias.

               Muito obrigado a todos.

Ângelo Rosa Ribeiro
Pela Família em Luto




Chico Preto, aos 92 anos, ao receber homenagem pelos seus feitos



           O ex-vereador Francisco Rosa Ribeiro faleceu no dia 26/04/2013, aos 97 anos, no Hospital de Acidentados, em Goiânia-GO, após sofrer um acidente com um quadriciclo, na Fazenda Sete Lagoas, em Quirinópolis. Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de Quirinópolis, na condição de ex-vereador, cargo que exerceu  na 6ª legislatura, entre os anos de 1966 e 1970.

         Na opinião de seu filho o ex-deputado Ângelo Rosa Ribeiro, o Chico Preto foi um líder na época do desbravamento da região das Sete Lagoas. Como comerciante deu suporte para desenvolver ali as atividades agropecuárias. O seu ponto comercial, além de fornecer implementos, mercadorias e insumos era como um centro comunitário, com serviços diversos, como posto de vacinação, campo para a prática de futebol, pista para corridas de cavalos e diversões, como bingos, vísporas e outras modalidades.  Como agente político e ex-vereador ajudou a construir pontes, a abrir estradas e a desenvolver o município.  Exerceu o cargo legislativo sem nada receber pelo seu trabalho.

Origem e feitos

               Francisco Rosa Ribeiro, o Chico Preto, como é conhecido, nasceu em 05/10/1915, na região das Sete Lagoas. Era filho de Sebastião Ovídio Ribeiro e Josina Rosa de Morais e neto de pioneiros. Seu avô pelo lado materno era Francisco Rosa de Moraes, um descendente de portugueses e originário de Araxá – MG que  aqui chegou em 1850. Seu avô logo conheceu  Ana  Rosa de Jesus, filha da ex-escrava Brígida, que pertencia a escravaria do João Crisóstomo de Oliveira, o primeiro desbravador desta região. Pelo lado paterno era neto de Antonio Ovídio Ribeiro e Sebastiana Rita de Jesus, que vieram de Prata - MG, para trabalhar em terras do Coronel Jacinto Honório. O apelido Chico Preto veio para diferenciá-lo de Chico Rosa, seu avô e de um primo de mesmo nome e de  cor branca.

            Em 1950, aos 35 anos, casou-se com Olina Alves Rodrigues, filha de Benedito Gonçalves Rodrigues (Benedito Carlota) e dona Olímpia Alves Rodrigues e neta dos pioneiros Pedro Gonçalves Rodrigues (Pedro Cecília) e dona Carlota Correa Neves, pelo lado paterno. A índia Maria Alves Rodrigues era sua avó, pelo lado materno. Da união resultaram os filhos Angelo Rosa Ribeiro, Aldo Rosa Ribeiro, Anádio Rosa Ribeiro e Arnaldo Bartolomeu Ribeiro.



             Chico Preto, em 1960, era um modesto criador de gado. Por um determinado tempo, no início dos anos 70, dedicou-se a agricultura, ao plantio de arroz de sequeiro. Nesta época também se dedicava ao comércio na zona rural. Além de comerciante era um líder da região e como tal  tinha que exercer um papel de conciliador diante dos conflitos que ali surgiam. Transportava doentes para tratamento e, por vezes, corpos para ser enterrados na cidade. Por solicitação da justiça fazia parte do Corpo de Jurados, em Quirinópolis. Todavia, tinha uma grande paixão: a política. E com o passar dos anos se fez um influente líder político. Antes mesmo de se casar, já era um militante. Foi coordenador na região de campanhas de candidatos a prefeito e membro do PSD – Partido Social Democrático. Era amigo e companheiro político dos ex-prefeitos Joaquim Quirino Cardoso e Hélio Campos Leão, já falecidos. Este último uma legenda política, que por três vezes administrou o município, em suas etapas de estruturação, tornando-se  um de seus grandes benfeitores.

            Como comerciante  deu suporte para as atividades agropecuárias, com  o fornecimento de implementos, insumos, produtos farmacêuticos e a contratação de serviços de dentistas para os moradores das Sete Lagoas. Em seu ponto comercial recebia nos finais de semana grande parte da população da região, que ia em busca de mercadorias e entretenimento. A venda do Chico Preto era como um centro comunitário, com serviços diversos, como posto de vacinação, campo para a prática de  futebol e diversões, com corridas de cavalos, bingos e outras modalidades.  Como agente político e ex-vereador Chico Preto sempre discutia com seus amigos os problemas da sua região e a forma de resolvê-los. De sua luta resultou importantes conquistas para a região das Sete Lagoas, como abertura e conservação das estradas, construção de pontes, escolas, assistência a doentes, prestação de serviços sociais, apoio ao esporte e tantos outros benefícios. 

            Em sua fazenda, construiu e manteve, com ajudas de pais de alunos, por vários anos, uma escola rural particular, onde os professores José Freire, João Barreto de Souza, Ivani Borges Costa e Mário Marques de Almeida puderam ajudar mais de 100 alunos a conquistar a tão necessária alfabetização e os conhecimentos das disciplinas do ensino fundamental.



            Em 1961, apoiou o candidato a prefeito João Hércules, com o compromisso de abertura de uma rodovia pelo meio de uma mata robusta para ligar o povoado do Tocozinho à Castelândia. Com a eleição de seu candidato a prefeitura municipal recebeu dele operários, máquinas e a missão de abrir a rodovia, tarefa a que se dedicou até o seu final.



           Em 1965, foi indicado pelos seus companheiros de oposição, candidato a vereador, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Por força da ditadura militar a repressão à atividade política era escancaradamente exercida, em todo lugar. Em Quirinópolis, também. Como político, demonstrou coragem e idealismo, aceitando uma missão que criava indisposição com o poder absoluto e autoritário dominante. Eram raros os líderes que na época aceitavam uma candidatura oposicionista, porque temiam as perseguições políticas. Desta forma, exerceu um importante papel na defesa dos ideais democráticos ameaçados aqui e em toda parte do país. E tudo isso, sem nenhuma remuneração, como era, naquele tempo, a atividade do vereador. 

             Como principal articulador das campanhas eleitorais  na região ajudou a eleger os vereadores que representavam as Sete Lagoas, incluindo os seus filhos, Anádio Rosa Ribeiro, por um mandato e Aldo Rosa Ribeiro, por duas legislaturas. Com seu apoio, o filho Ângelo Rosa Ribeiro se elegeu deputado estadual em 1982 e 1986, consecutivamente. Este chegou a ocupar por duas vezes o cargo de secretário estadual de agricultura e de secretário estadual de planejamento e coordenação, nos governos de Henrique Santillo e Naphtaly Alves.
      O senhor Francisco Rosa Ribeiro deixa um exemplo de vida e um legado de participação na políca com dedicação  a causa pública com idealismo, muita ética e honradez. 

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