Uma nova atividade econômica se
estrutura no Sudoeste Goiano. Trata-se da aquicultura, criação ou produção de peixes
e organismos aquáticos, abrigada nos municípios do vale do rio Paranaíba, com
destaque para os situados em volta dos lagos artificiais formados pelas águas represadas,
em São Simão-GO, e de seus afluentes, como o rio dos Bois. Este é o caso de Inaciolândia,
Gouvelândia e Quirinópolis, onde a atividade já ganhou força com um expressivo
número de unidades produtoras, que utilizam de tanques de redes posicionados nas
águas do Lago Azul. Mas é também o caso Paranaíguara e São Simão, onde a
atividade deve se desenvolver, além dos casos de Caçu, Cachoeira Alta e Itarumã,
que possuem lagos artificiais de grande porte nos rios Claro e Verdinho.
Nos dias atuais existem na região milhares
de tanques de redes em atividade e há um grande número de projetos técnicos em
implantação, o que faz da aquicultura local uma atividade produtiva econômica em
rápida estruturação através de investidores que querem aproveitar o momento
para produzir peixes para o mercado regional, constituído por quase 10 milhões
de consumidores em Uberlândia, Goiânia, Brasília e arredores.
Tendo em vista atender as demandas
atuais da atividade, o potencial existente para o seu desenvolvimento e a
pressão para instalação de novas unidades produtoras, os rios e lagos da região
estão sendo trabalhados pela Universidade Federal de Minas de Gerais, UFMG, contratada
pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, MPA, para fazer estudos e pesquisas, visando
criar os parques aquícolas, regularizar a distribuição de áreas de exploração e
viabilizar o desenvolvimento sustentável da aquicultura local.
Para
resolver uma série de problemas já existentes, como regularização das unidades
produtoras ali instaladas sob o ponto de vista das exigências ambientais,
sanitárias e outras de ordem técnica e burocrática, a secretaria de agricultura
da prefeitura de Quirinópolis, tendo a frente o técnico agrícola Cláudio Dias,
superintendente de agricultura da pasta, providenciou audiência junto ao
Ministério da Pesca e Aquicultura e ali reuniu, em 27/06/2013, lideranças dos municípios interessados
no desenvolvimento da atividade mencionada. Lá compareceram os prefeitos Zilmar Alcântara,
de Inaciolândia; Washington Medeiros, de Itarumã e Célio Batista, de Paranaiguara;
Cacildo de Freitas, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de
Quirinópolis; Ângelo Rosa, médico-veterinário e ex-secretário de Agricultura de Goiás; Arthur Mascioli, diretor
do curso de zootecnia da UFG de Jatai; vereador Leonardo Araujo, de Inaciolândia,
além do superintendente Cláudio Dias. Foram
entregues solicitações diversas como a liberação de recursos não reembolsáveis para
a construção de um frigorífico, uma fábrica de ração, um laboratório para produção
de alevinos, veículos para assistência técnica e recursos para qualificação de produtores
e trabalhadores da atividade, doação de tanques de redes para aquicultura familiar e liberação dos lagos dos rios Claro e Verdinho para a referida atividade, pleitos que
foram defendidos por todos os presentes. Na oportunidade o ministro em
exercício do MPA, Átila Maia, e o secretário de planejamento Cantídio de Freitas, após saudarem os representantes do Sudoeste Goiano abordaram
a conveniência de organização de consórcios intermunicipais para fomentar as atividades de psicultura e aquicultura na região e fortalecer as reivindicações, mas
garantiu que pode liberar recursos por convênio com um município, com interveniência
dos demais interessados. Enfatizou a necessidade da elaboração de bons projetos
como única exigência para o atendimento dos pleitos. Conforme adiantou o superintendente Cláudio Dias ao ministro Átila, o prefeito
Odair Resende, de Quirinópolis, antecipou-se para a realização dos convênios
com o MPA e a oferecer a área onde deverão ser instaladas as unidades de apoio
referidas.
O próximo passo para dar suporte às atividades
aquícolas do Lago de São Simão será a busca de sinergia com parceiros da cadeia
produtiva da aquicultura e a preparação de produtores para formação de uma cooperativa
de produção, que ficaria com a responsabilidade operacional das unidades de
apoio e de viabilizar o desenvolvimento do emergente polo de aquicultura do
Sudoeste Goiano.
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