segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Lago Azul do rio Paranaíba - seus encantos, ranchos, atrações e história

Lago Azul, sua história e suas atrações



Aproximava-se  a  década de 1970. Governava o país um general, em um governo tido como revolucionário, que a população e a história registraram como uma ditadura militar, que não admitia muita discussão sobre suas decisões.  

A  ideia de se aproveitar o potencial hídrico do Rio Paranaíba para a produção de energia elétrica era antiga e fora colocada em execução. As cidades de São Simão, Mateira, hoje Paranaíguara,  os povoados de Chaveslândia e  Gouvelândia  ficariam submersas e seus habitantes teriam que mudar de lugar.   A rica  mata atlântica ciliar, cerrados e cerradões das  proximidades  do rio,  férteis  latossolos vermelhos e roxos, as vicejantes pastagens  ali implantadas, as construções rurais  e benfeitorias diversas, tudo isso ficaria sob as águas dos rio Paranaíba e seus afluentes. As águas represadas alcançariam uma distância de 80 km  de extensão,  a formar um grande lago para mover as turbinas da hidrelétrica das Centrais Elétricas de Minas Gerais – Cemig, que ali seria construída.  A obra planejada, no entanto,  cobraria  alto preço a ser pago pela população ali residente.


                Para os moradores do lugar foi um grande transtorno. O meio ambiente sofreria irremediável impacto. Quantos  bens de estimação, animais e espécies da fauna e flora  locais, sítios de pesquisas de antigas civilizações, riquezas minerais e outras ficariam ameaçados ou perdidos sob as águas profundas.  Quantas belezas naturais, como o deslumbrante Canal de São Simão desapareceriam para sempre. Mas, já estava decidido. Para o governo a obra  era irreversível e se justificava com o objetivo de modernização do país, crescimento das cidades, surgimento de novas  indústrias, geração de empregos e riquezas para o bem da humanidade. Ninguém contestava, todavia, com um pouco mais de bom senso,  podiam ter poupado pelo menos o canal, que era uma magnífica obra de natureza, concebida por Deus para o encantamento de seus filhos, aqui, no Planalto Central, como desabafou à época uma consciente senhora que nascera vendo o espetacular e majestoso espetáculo da passagem das  águas do grande rio  pelo estreito canal rochoso ali existente.  Ela tinha toda a razão, mas a decisão fora tomada ao modo da época. 


Muita coisa de inestimável valor se perdera debaixo das águas. Mas, de inestimável valor também foi o que surgiu com a arrojada  intervenção humana, como a construção da grande hidrelétrica, capaz de produzir milhares de megawatts para a demanda do progresso da região e o enorme lago azul, que além de sustentar o desenvolvimento da piscicultura regional, abriga ranchos de lazer, praias artificiais, ilhas de recreação, pesca esportiva e tudo isso cercado de uma beleza incomum, de um lugar adorado e contemplado para o deleite da população de todo o Sudoeste Goiano.
 

Porto do Gouveínha, rio Paranaíba, em Inaciolândia.




Praias artificiais, em São Simão.



Lago, em Gouvelândia,


Entardecer, no rio Paranaíba, sob olhares de um pescador.

Lazer, em águas volumosas no rio dos Bois.


Recanto da Cascalheira, no rio Paranaíba.


Ponte no rio dos Bois e a aquicultura do lugar


Recreação no grande lago


Vista da ponte dos rio dos Bois


Pesca do Piau, em seva, rio Paranaíba.

Barcaça, para usos diversos, rio Paranaíba.


Lazer, no rio dos Bois

Fundo de rancho, no rio Paranaíba, em Quirinópolis
Ranchos de boa estrutura, no rio Paranaíba, em Quirinópolis.
Entardecer, sob olhares de pescadores, no rio Paranaíba

Magnífico, fantástico!!!

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