quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Como era a Capelinha, hoje Qurinópolis


Em 07 de janeiro de 1843, o casal José Ferreira de Jesus e Maria Jacinta de Oliveira doou a Igreja Católica uma gleba de 258 alqueires de terras, desmembrada de sua propriedade, em uma área compreendida entre o rio das Pedras e o morro da hoje denominada Serra da Confusão do Rio Preto.

 Com a doação, o vigário da Paróquia de Rio Verde começou a frequentar a localidade para os atos da igreja ao seu encargo, que se realizavam em um lugar onde se encontrava erguida uma cruz e havia um pequeno rancho para orações, em volta dos quais residiam algumas famílias.
 
Algum tempo depois, sob o comando dos antigos donos, foi cercada uma área quadrangular para formar um cemitério e em um de seus cantos, construída uma rudimentar capela, a cerca de dois quilômetros da serra, entre dois pequenos córregos, afluente e sub-afluente do Rio das Pedras. O afluente passou a ser denominado Córrego da Capela e o povoado que ali se desenvolveu denominou-se Capelinha.

Em 29/07/1879, a Capelinha, por ato do presidente da província de Goiás, Aristides de Souza Spínola, recebeu a denominação de Freguesia de N. Senhora D'Abadia do Paranaíba. Em 1894, a freguesia tornou-se distrito, do mesmo nome, jurisdicionado a intendência de Rio Verde. Em 1931, veio a denominação definitiva de Quirinópolis, mas o que prevalecia para a população era o nome Capelinha, distinção que agradava aos muitos fiéis da poderosa igreja católica. A simpática denominação prevaleceu por décadas, mesmo depois da criação do município.

Por estar situada em uma área úmida, considerada insalubre, houve a necessidade da mudança para outro local, ainda às margens do córrego Capela, próximo a sua barra com o rio das Pedras, onde foi erguida a Velha Matriz(foto, que se tornou referência para o desenvolvimento da cidade de Quirinópolis. 

Hoje, Capelinha é o nome de um belo conjunto habitacional, à beira do Lago Sol Poente, formado pelas águas do Córrego Capela, que, de fato, tudo tem a ver com a origem e a história da cidade.

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