sábado, 19 de dezembro de 2015

Pasmem! 2.400 bebês com microcefalia - isso é assustador


    Em 2015, mais de 2.400 bebês nasceram com microcefalia no Brasil

O Aedes aegypti por enquanto tem transmitido apenas o vírus da dengue em Goiás. Em 2015,  foram quase 200 mil notificações oficiais, com 100 mil casos confirmados. Mas, ninguém sabe ao certo quantos foram os casos de dengue sem notificação. Estima-se que houve elevação de 54,92% de casos da doença  em relação ao ano anterior. Foram 76 óbitos confirmados e 52 suspeitos.

Sabe-se que o mosquito da dengue é o transmissor de alguns vírus causadores de doenças que preocupam as autoridades sanitárias no mundo todo.  Mas, descobriu-se no Brasil que um destes agentes -  o vírus Zica, provoca microcefalia em bebês. Cerca de 2.400 casos de microcefalia já foram  registrados, sobretudo nos estados do Nordeste. 

Segundo especialistas, devido ao alto índice de infestação do mosquito em Goiânia, uma explosão de casos de Zica poderia ocorrer, com potencial  para gerar milhares de casos de microcefalia na cidade. Claro que isso é apenas uma hipótese, por certo absurda, mas é preciso tê-la em mente. Nesta proporção uma cidade como Quirinópolis poderia ter centenas de casos.

            A microcefalia é uma condição grave, pois além da deformação craniana, pode deixar sequelas neurológicas para o resto da vida. Os bebês afetados nascem com o perímetro craniano menor que 32 cm. Em 90 % dos pacientes há deficiência mental, problemas auditivos, visuais, além de dificuldades motoras. As causas mais comuns até agora conhecidas seriam infecções como toxoplasmose, rubéola, citromegalovirus, sífilis, herpes entre outras  contraídas pelas mães no primeiro trimestre da gravidez, quando o cérebro do bebê ainda está em formação.

Em seis casos de microcefalia no momento investigados no estado de São Paulo, as mães apresentaram manchas avermelhadas pelo corpo, tiveram exames negativos para as doenças citadas, mas quatro bebês submetidos a tomografia computadorizada craniana mostraram presença de calcificações cerebrais, o que reforça sobremaneira a possibilidade de participação do vírus Zica na origem do processo.

O governador Marconi Perillo e o prefeito Paulo Garcia decretaram estado de emergência no estado e na capital respectivamente devido a alta incidência das viroses. Foram seguidos por mais 12 prefeitos de cidades acima de 100 mil habitantes. O movimento “Goiás contra a Dengue” criou o Comitê Executivo Estadual de Combate ao Aedes aegypti. Agora que também se evidencia a relação entre infestação do mosquito da dengue e os casos de microcefalia os prefeitos não podem ficar omissos.

O primeiro caso de Zica acaba de ser confirmado no entorno de Brasília. Para  evitar problemas no futuro é preciso cuidar de imediato da prevenção. Deve-se cobrar dos gestores municipais  que assumam o comando das ações, neste início das chuvas e do verão, para controlar a proliferação do mosquito transmissor.

Será preciso conscientizar intensamente sobre as consequências da microcefalia  para maior participação da população na eliminação de criadouros do mosquito. Realizar campanhas para maximizar os resultados do trabalho de combater os focos.  Imprimir rigor na limpeza pública com o mesmo propósito.  A dengue maltrata o doente, pode fazer algumas vítimas fatais, mas desaparece sem sequelas.  A zica, por sua vez, deixa sua marca com o sofrimento  irremediável da família do microcéfalo para o resto da vida.






Nenhum comentário:

Postar um comentário