O feito da CHICA, QUE NÃO ERA DOIDA

Como surgiu a Chica Doida?

  Era um dia de pamonhada na casa do  patriarca João Batista da Rocha, farmacêutico e líder comunitário, na pequena Quirinópolis. 

 Veio dele o  pedido à sua esposa, Dona Petronilha Cabral, a quem carinhosamente chamava de Tóia,  para preparar  algo diferente com a massa do milho verde que sobrara das pamonhas, dando-lhe a dica - que seja bem apimentado.  

      Dona Petronilha repassou as orientações  para sua ajudante Chica, uma negra que fazia milagres na cozinha.

    Das mãos de Chica  surgiu um prato incomparável, que foi por ela levado à mesa.  Com emoção, diante da surpresa,  o patriarca perguntou à sua esposa: o que é isso, Tóia? Ela, impressionada,  referiu-se  à ajudante 

     - "É a Chica doida!". 

   Todos os presentes  apreciaram a novidate que, por óbvio,  ficou assim  batizada e denominada. 

     Estes fatos ocorreram em 1947. A notícia da Chica Doida se espalhou por toda a parte. O inédito prato da culinária quirinopolima, hoje é conhecido e apreciado no mundo inteiro.

Festival da Chica Doida

               Os quirinopolinlos se orgulham da proeza de sua culinária. O poder público, em parceria com a comunidade,  de forma elogiável,  protagoniza a cada ano grande festival temático, que valoriza a tradição e a cultura de nossa gente;  movimenta a região,  atrai turistas, divulga a cidade e fortalece a economia municipal. 

            Por  justiça, o nome da talentosa cozinheira Chica, ficou para a posteridade, vinculado à  iguaria.

           Fonte: Pesquisas e depoimentos de antigos moradores da cidade, amigos do casal João Rocha/Petronilha e da cozinheira Chica.

            Por Ângelo Rosa Ribeiro, que é quirinopolino, ex-professor da UFG, ex-deputado estadual, ex-secretário estadual de agricultura e abastecoimneto.