sábado, 4 de fevereiro de 2012

Clarões: Grupo Escolar Ricardo Campos


                                      

                                                                      

O fim de um ícone histórico



A mais bela e expressiva construção da fase distrital da cidade de Quirinópolis foi a do edifício sede da Escola Ricardo Campos. O prédio foi construído no final da década de 30, por um pedido do coronel Jacinto Honório e das lideranças locais ao prefeito de Rio Verde, Ricardo Campos, que contou com ajuda do interventor Pedro Ludovico, para sua edificação. Ambos estiveram presentes na grande festa que os professores Glicério da Cunha e Jordina Corrêa Neves organizaram para sua inauguração.

Lembro-me dele, localizado logo abaixo da velha matriz, como um belo exemplar da arquitetura e da construção civil da época. Duas salas de aula, piso em assoalho, portas e janelas grandes e em madeira de lei. Entre as salas havia  um espaço, com cobertura em forma de arco. De fato um prédio diferenciado, imponente para os padrões da época de sua construção.

Ainda pude, como um privilegiado estudante da Escola Normal Estadual, que funcionava na antiga sede da primeira prefeitura da cidade, hoje Museu Histórico Municipal, contemplar a sua sólida estrutura, bela arquitetura e refletir sobre sua representatividade histórica. Localizado na Praça São Sebastião, ao lado da velha Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Abadia e vizinho da primeira prefeitura da cidade, o Grupo Escolar Ricardo Campos fazia parte de um significativo conjunto, um verdadeiro sítio histórico, que foi palco de grandes eventos e decisões. Além de ser sede da primeira escola pública da cidade, nele se deu a instalação do Poder Legislativo e a  primeira reunião  da Câmara Municipal de Quirinópolis.

        O edifício do Grupo Escolar Ricardo Campos com toda sua imponência físico-estrutural e representatividade histórica teria que ter sido tombado e preservado para a posteridade. Hoje, em seu lugar encontra-se a sede social da Associação Atlética Banco do Brasil - AABB.

(Com a devida vênia, desculpem-me as autoridades da época: a destruição desnecessária do Edifício Ricardo Campos foi um crime cometido contra a história da cidade, uma inconcebível desinteligência.)

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