terça-feira, 11 de março de 2014

Frei João Batista Vogel, OFM, atua em Quirinópolis




O dinâmico e realizador Frei João Batista Vogel 


         Antes de vir para o Brasil,  Frei João Batista Vogel lecionara e ocupara um posto na administração do ‘Timon Hugh School’, em Búfalo, EUA. Ordenado sacerdote em 1945, o jovem frade lecionou durante sete anos. No Brasil, depois de servir durante um ano em Pires do Rio-GO, foi para o Colégio São Francisco, em Anápolis-GO, onde haveria de trabalhar por oito anos e onde tornou-se o segundo diretor do referido Colégio.

       Quando de sua passagem pela instituição de ensino já havia adquirido um invejável domínio do idioma português e foi, neste período, encarregado de organizar o curso de aculturação para missionários estrangeiros, oficialmente inaugurado em 1960. O Centro de Formação Intercultural originalmente sediado em Anápolis foi transferido para Petrópolis, no Rio de Janeiro.

           Ao retornar a Goiás, em 1965, o frade pediu um apostolado diretamente ligado a cura de almas e foi enviado como vigário a paróquia de Nossa Senhora da Abadia, em Quirinópolis. Administrou a paróquia conforme o plano pastoral em conjunto com um programa primorosamente planejado e executado com sua reconhecida capacidade administrativa e espiritualidade profunda.

           O instituto São José, fundado sob orientação de Dom Benedito para o treinamento de líderes leigos, serviu como grande impulso para revigorar toda a região sul da Diocese de Jataí. Naquela época, Frei João entrosou-se com o cursilho da cristandade do qual foi assíduo promotor como também o fora da Legião de Maria e depois seria da Renovação Carismática Católica, em movimentos que fortaleceram a Igreja e avivaram a fé dos seus seguidores.

             Depois de seis anos em Quirinópolis ele foi novamente chamado para Anápolis, aonde desenvolveu relevantes serviços como educador, orador e comunicador e dedicou-se ao apostolado radiofônico. Ali criou várias instituições no setor de comunicação ligadas  à igreja.


            Pouco tempo depois, após descobrir que estava com leucemia, Frei João Batista Vogel retornou aos Estados Unidos e faleceu em Boston, no dia 25 de novembro de 1975, aos 54 anos de idade, dos quais 23 dedicados a causa da igreja.

               Em sua passagem por Quirinópolis, mostrou-se dinâmico e operoso. Homem do diálogo e de ações, que envolveu toda a comunidade, criou vários projetos sociais e  fez com que a paróquia, antes ‘fria e indiferente’, viesse a se tornar operosa e vibrante, um modelo para o Estado. Pela dimensão e importância do trabalho que aqui desenvolveu foi lembrado e referenciado pela população católica e recebeu do poder público municipal justa homenagem, com seu nome dado a uma rua da cidade para que fosse sempre lembrado pela contribuição dada a igreja e a comunidade, como um todo. 

              Em todo Estado há referências ao trabalho do Frei João Batista Vogel com lembranças do tipo nome de rua como é o caso das cidades de  Catalão, Aparecida de Goiânia e de Anápolis. Nesta emprestou também seu nome ao Colégio Estadual Polivalente e a uma Fundação da qual fazem parte a Rádio São Francisco, 670 AM e  Rádio 96 FM, de Anápolis. Conforme a Ata de Constituição da Fundação Frei João Batista Vogel ela é de caráter permanente e tem por fim  “propugnar pela formação cívica, moral, cultural, educacional, religiosa, artística, literária por meio da divulgação escrita, falada, televisada, bem como especificamente pela promoção das vocações religiosas dos Frades Menores e das Irmãs Franciscanas, dentro do espírito democrático e da formação cristã”.

       Morreu o homem, mas literalmente ficou o seu nome como referência para novos religiosos, que poderão repetir seus feitos e também se tornarem imortais pela dedicação a causa de Deus e de seus semelhantes, como bem o fez Frei João Batista Vogel.



             Ângelo Rosa Ribeiro, com informações extraídas da Ata de Constituição  da Fundação Frei João Batista Vogel,, na cidade de Anápolis, GO.
  

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