Uma justa homenagem
Francisco Cândido de Castro, o Chico Anta, era um ferreiro que há muito trabalhava em Quirinópolis, na época uma cidade em formação. No ano de 1940, fez uma viagem a Rio Verde, aonde teve a oportunidade de ver uma pequena aeronave em evoluções sobre a cidade. Impressionado com o objeto voador, decidiu ir até seu campo de poso, para observá-lo de perto.
Era tanto seu entusiasmo, que o piloto se propôs a decolar com ele, para um sobrevôo de alguns minutos. Ao retornar ao solo, Chico Anta disse que seria capaz de construir uma pista semelhante em Quirinópolis, ao que o aviador contrapôs com uma visita à localidade, logo que a mesma estivesse concluída. Chico Anta caprichou nas anotações e, ao retornar a sua comunidade, tratou de iniciar o seu projeto.
A pista, segundo as informações recebidas, deveria de ter no mínimo 40 metros de largura, por 400 metros de comprimento, de uma área bem desmatada e limpa, com uma pista central de 15 metros de largura. Em todo o seu comprimento, deveria ser bem firme e plana e que a mesma seria orientada na direção norte e sul.
Chico Anta, com o auxilio de Wilson Barbosa, dinâmico encarregado dos negócios da igreja local, escolheu uma área nos arredores do povoado, que foi previamente medida e demarcada. Chico, então, pôs-se a desmatar e preparar a área. O seu entusiasmo com a obra era tão grande, que contagiou a todos os moradores. Logo boa parte da população do povoado estava engajava na preparação do campo de aviação.
O sonho de Chico Anta foi concretizado, com sucesso, em 1942, quando vindo de Rio Verde, o primeiro avião pousou em Quirinópolis. Daí em diante ninguém mais se esqueceu desta contribuição de uma pessoa simples, que pelo seu esforço e entusiasmo entrou para a história da cidade. Hoje empresta o seu nome ao aeroporto local, que possui dimensões e estruturas bem atualizadas, conforme a demanda de um novo momento, mas que sempre lembrará a bela história de Chico Anta e seu campo de pouso de aviões.
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