quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

História do Colégio Dr. Pedro Ludovico, de Quirinópolis.

        Em 1954, na  gestão do prefeito João Rocha, foi criada a  Escola Normal Regional Coronel Quirino.  Mais tarde, assumida pelo estado, recebeu o nome de Ginásio Normal Estadual de Quirinópolis. Sua primeira  sede foi um modesto  prédio, onde hoje se encontra o Museu Histórico de Quirinópolis. Dali, enquanto era construida sua nova sede,  na Avenida Lázaro Xavier, pelo ex-governador Mauro Borges, onde hoje se encontra, o ginásio foi  transferido temporariamente para o prédio da antiga escola José Feliciano Ferreira, que mais tarde recebeu o nome de Escola Estadual Frederico Gonzaga Jaime, onde hoje se encontra a  sub-secretaria estadual de ensino.  De forma inexplicável, esta escola recebeu, alguns anos depois, a denominação de  Colégio "31 de Março" para referenciar a data alusiva ao Golpe Militar de 64. 

O nome e a história de Quirinópolis

    É importante destacar esta relação. O Dr. Pedro Ludovico, enquanto médico e político de Rio verde, teve sua vida marcada por fatos aqui ocorridos, por isso sempre demonstrava um carinho especial por Quirinópolis, onde tinha amigos como o coronel Jacinto Honório e Adolfo José D’Abadia, o ex-colega de secundário, no Rio de Janeiro.  Dr Pedro tinha aqui clientes, alguns especiais, como o Coronel Antonio Pereira Rodrigues, que para atendê-lo vinha a cavalo de Rio Verde, como ele próprio relatara em seu livro de memórias. Foi também por Quirinópolis, na condição de político do Sudoeste Goiano, que Dr. Pedro iniciou sua caminhada revolucionária, com o intuito de desbancar do poder,  em Goiás, o oligarca Antonio Ramos Caiado, o Totó Caiado. Com é sabido, no final de sua caminhada Dr.Pedro foi preso, em Rio Verde e, dali, foi levado à Goiás, antiga capital, onde em sua chegada, já nos arredores da capital, recebeu a notícia da vitória de Getúlio Vargas, na Revolução de 30. Este fato concretizava a derrota dos Caiados e viabilizava sua ascensão ao poder, como interventor federal em Goiás.

Mudando o nome de um colégio, por justiça. 
 

      No exercício de meus mandatos como deputado não gostava de iniciativas de  mudanças de nomes de ruas ou de próprios públicos, embora tenha denominado alguns... Mas, procurei fazer homenagens justas, devidas a feitos relevantes dos personagens referenciados ou de suas famílias. 
          Mas, há uma mudança de nome da qual me orgulho. É justamente a do antigo Colégio '31 de Março', nomenclatura imprópria que foi dada à Escola Normal Estadual de Quirinópolis, a referida unidade pioneira e histórica, criada em 1954

     Nada podia ser mais abusivo e injusto do que aquela denominação, já que a sede da escola fora construída por Mauro Borges, filho do Dr. Pedro Ludovico Teixeira, que tinham sido vítimas do golpe de 31 de março de 64, ambos punidos de forma injusta, arbitrária e antidemocrática,  com seus direitos políticos cassados por 8 anos, pela ditadura militar de 64. 
         Em meu primeiro mandato na Assembléia Legislativa, sem qualquer propósito revanchista, resolvi interferir e mudar aquele situação. Dei o nome de Colégio Dr. Pedro Ludovico, mudança procedida em lei, de minha autoria, com a intenção de corrigir um erro e fazer justiça aos ilustres benfeitores e amigos da cidade, principalmente, ao Dr. Pedro Ludovico, o patrono da emancipação política e administrativa do município de Quirinópolis.
         Foi no antigo Ginásio Normal de Quirinópolis, precursor do Colégio Pedro Ludovico, em 1963, com a idade de 11 anos, fiz minha matrícula  para cursar a segunda fase do primeiro grau. Dali, saí para buscar o futuro, cinco anos mais tarde, ao transferir-me para o Colégio Ateneu Dom Bosco, de Goiânia, onde cursei o científico para ingressar na universidade. O meu colégio foi fundamental, por isso, senti no dever, como legislador, resgatar este capítulo da minha própria história e da minha cidade, além de fazer justiça aos nossos benfeitores.
  
       Em outras iniciativas dei nomes como: Juca Severiano, ao mais antigo posto de saúde de Quirinópolis, ao denominá-lo à pedido da família do mesmo, por ter sido de sua iniciativa a doação do terreno para que a cidade pudesse ter o seu primeiro posto de saúde. Denominei JK ao colégio do Bairro São Francisco, pelo qual tinha lutado e conseguido sua construção. Também denominei Quintiliano Leão e Corina Campos Leão a duas escolas construídas na cidade, além de ter atendido a familiares do então prefeito Sodino Vieira, dando o  nome de seu pai, o popular Bichinho Vieira, ao estádio construído à época na cidade, pelo governo estadual.
           






    

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