sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Goiás é quem possui mais escolas militares no Brasil








       Goiás é o Estado com maior número de escolas militares no país. São, até agora, 26 instituições geridas pela Polícia Militar. O segundo colocado, Minas Gerais, tem 22 escolas, seguido pela Bahia, com 13 colégios. Rio Grande do Sul, Amazonas e Maranhão aparecem em seguida, com 7, 4 e 3, respectivamente.

     Oito (8) novas escolas estão sendo implantadas, devido às novas autorizações do governador Marconi Perillo para as regiões Metropolitana de Goiânia e Entorno de Brasília. A expectativa é que  Goiás tenha 50 colégios, em 2016.

Perfis

        As notas altas no  Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos colégios administrados pela PM é um dos principais argumentos utilizados para a militarização.

      A secretária estadual de Educação e Cultura, Raquel Teixeira, afirma que a implantação dessas novas escolas militares é fruto da eficácia junto às provas de avaliação. Além disso, segundo diz, a população demanda esse tipo de instituição: assim como existem escolas católicas, evangélicas e espíritas, há famílias que querem unidades militarizadas, com disciplina mais forte. 

     São mais de mil escolas no Estado, que atendem a uma vasta gama de pessoas. A secretaria de educação pretende criar diversidade nos perfis, implantando escolas voltadas, por exemplo,  para meditação e escolas mais ambientais.


Principal crítica

       Alguns estudiosos da questão dizem que são contra a "milita­rização" das escolas sobretudo pelo aspecto  ideológico, visto que, em suas visões, os colégios militares induzem nos alunos uma concepção de obediência, de não participação, de não discernimento, de falta de crítica. 

        Os que defendem as escolas militares afirmam que nelas a questão crítica é trabalhada de modo muito transparente. O contexto histórico é ensinado de forma objetiva e não de maneira filosófica. Não é objetivo da escola o ensino  da ideologia militar. Os alunos da escola militar são muito críticos, porque são levados a pensar, discutir e verbalizar. Não são alienados. Muito ao contrário, são alunos impulsionados a participar de debates para se prepararem para o mundo. São alunos que leem obrigatoriamente um livro por mês; livros que as universidades cobram em seus vestibulares. Se não conseguem comprar, a biblioteca compra e empresta esses livros a eles. Pessoas que leem tanto não podem ser alienadas.

A disciplina como diferencial

      É fácil constatar que nos colégios militares impera a ordem e a segurança. Os professores não sofrem com ameaças de alunos, não há consumo ou tráfico de drogas nas salas de aulas, no colégio, nem nas suas imediações. Brigas de alunos são raras e quando surgem são logo apartadas.

       A secretária Raquel Teixeira rebate as críticas à tendência do militarismo na Educação e garante que em todas as cidades onde os colégios militares foram implantados só se vê elogios de pais, alunos e professores. É inquestionável a preferência da população pela escola militar. 

      O governador Marconi Perillo tem se esforçado para atender a demanda da população pelas escolas militares,  sobretudo  porque isso significa priorizar uma educação de qualidade para os goianos.



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