quarta-feira, 12 de abril de 2017

Os políticos jamais esquecerão a Páscoa de 2017



       Uma ferida que era pequena, inocente, transformou-se em câncer medonho, com metástases espalhadas por órgãos e instituições do país.

              No início, o mal se apresentava discreto, sem maiores consequências, mas era câncer. Nos últimos anos agravou-se pela decisão dos partidos dominantes  para se manterem no poder. Veio a associação de outros males, no caso, o prevalecimento da picaretagem, malandragem, oportunismo, mal-caratismo, ganância e outros lastreados na índole corrupta, tanto de eleitores, como de agentes políticos, agentes públicos e do empresariado Tudo isso a campear solto nas campanhas eleitorais.

Uma coisa levava a outra. Assim, deu-se a associação criminosa, a formação e especialização das quadrilhas, que era o modus operandi das forças do mal, com propagação para as casas legislativas, gabinetes do poder executivo, tribunais de contas, judiciário e meio empresarial. A doença se espalhou de forma avassaladora.

Agora, parafraseando Monteiro Lobato: Ou o Brasil acaba com a saúva... o câncer, ou ele acaba com a nação. O combate veio em boa hora. Felizmente os anticorpos anti-câncer impregnaram a sociedade. Uma nova mentalidade tomou conta de parte da polícia federal, do MPF, do judiciário, com apoio total das ruas para um operação conjunta jamais vista. Da experiência do mensalão, viu-se que que era preciso fazer muita mais. Do ponto de vista da cura do mal era preciso uma preparação, com o diagnóstico de cada caso para a quimioterapia e as intervenções necessárias.

Na medida que foram aparecendo os nomes dos agentes do mal o desespero foi tomando conta de todos. A instabilidade hoje é real e perigosa para o país. Sofrem culpados e inocentes. Mas, é preciso continuar com a investigação do mal. A nação precisa da cura. É uma condição imprescindível.

 Os exageros da euforia popular, o alardeamento falso, o denuncismo, a precipitação, tudo isso faz vítimas e são fatores preocupantes. Mas, a equipe médica tem se mostrado corajosa e competente. Muitos pacientes que agora sofrem, não foram contaminados e deverão ser reabilitados, pois a injustiça também é uma mal que precisa ser combatido.

Nesta véspera de Páscoa, o desnorteamento tomou conta da classe política. Os alicerces do malfeitos foram afetados. Para sobrevivência da classe, que reconhecemos como fundamental para o país, será preciso uma reforma política, que é a última resistência a ser vencida para a queda definitiva do domínio da corrupção. É preciso que haja o  resgate da paz das campanhas e da credibilidade do processo eleitoral, que deve ser justo, viável e sustentável para a nação brasileira.

Que o ensejo da Páscoa nos traga a oportunidade da reflexão e  do ressurgimento dos bons costumes políticos, com a volta do desenvolvimento com ética e justiça social.

Boa Páscoa a todos.

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